Nesta sexta-feira completam-se exatos três mil dias que o presidente Andrés Sanchez, então licenciado no final do seu segundo mandato pelo Corinthians, fez uma promessa histórica e jamais cumprida.
Ele disse que em pouco mais de um mês anunciaria o “naming rights” da Arena Corinthians, numa parceria que ajudaria a pagar o custo do estádio. A declaração foi dada durante uma sabatina do jornal “Folha de S.Paulo”, em 6 de fevereiro de 2012.
“Estamos negociando com sete empresas. Depois que o próximo presidente assumir, divulgamos em, no máximo, 30 ou 40 dias”, disse Sanchez na época, já como diretor de seleções da CBF.
Mario Gobbi foi eleito naquele ano e levou o clube ao período mais glorioso internacionalmente, com as conquistas da Copa Libertadores, do Mundial de Clubes e da Recopa Sul-Americana.
Mas não teve "naming rights". Novas promessas foram feitas por Andrés em 2013, em 2014 (disse que iria para Dubai negociar), em 2015 (“estamos quase dois anos e meio atrasados, mas nos próximos dias vai fechar”) e em 2016, ano que marcou uma mudança no discurso.
O dirigente, que respondia como coordenador da Arena naquele ano, começou a evitar o tema. Ora afirmando que atrapalhava as negociações. Ora alegando que era criticado por setores da imprensa, dizendo que jamais havia colocado um prazo para fechar os “naming rights”.
Em entrevistas naquele ano, Andrés dizia negociar os “naming rights” por R$ 300 milhões e não menos, para ajudar a pagar a dívida da Arena que, na época, segundo ele, tinha ainda um débito total de R$ 1,2 bilhão.
Muitas empresas chegaram a aparecer na mídia como possíveis parceiras do Corinthians, casos das seguradoras Zurich e MetLife, da montadora Hyundai, das companhias aéreas Etihad Airways e Qatar Airways, da cervejeira Brasil Kirin, entre outras.
O insucesso do Corinthians não se refletiu no futebol. De fevereiro de 2012 para cá, outras equipes conseguiram fazer acordos de “naming right” para seus estádios. Um levantamento feito pela ESPN aponta ao menos 30 casos.
No Brasil, foram três. O mais famoso e bem-sucedido é do Palmeiras. Em 2013, a construtora WTorre acertou um acordo com duração de 20 anos por R$ 300 milhões com a segurada Allianz. O estádio, que ainda estava em obras, passou a ser chamado de Allianz Parque.
No Nordeste, o Grupo Petrópolis fechou no mesmo ano acordos com a Arena Fonte Nova e a Arena Pernambuco para ser parceiro dos estádios, tanto na venda de produtos de suas marcas, como renomeando os locais. Eles passaram a incluir a marca Itaipava.
A diferença em relação ao acordo Palmeiras/WTorre e Allianz, é que o Grupo Petrópolis assinou contrato de R$ 100 milhões com cada uma das concessionárias das Arenas, mas, após dois anos e meio de parceria, mudou os termos do acordo e o “naming right” deixou de ser usado.
Alguns torcedores podem se lembrar da Kyocera Arena, do Athletico-PR, mas foi entre 2005 e 2008. Antes da promessa de Andrés Sanchez.
Outro exemplo na América do Sul vem da Argentina. O Racing fez um acordo de dois anos com a Autocrédito, que assim passou a integrar o nome do estádio Diego Armando Maradona.
Realidade em outras praças
O “naming rights” é bem difundido nos EUA e no Canadá, onde é comum até mesmo ao fim de um contrato o estádio ser rebatizado com o nome de outro patrocinador. Nessas praças não há resistência do público quanto as mudanças de nome.
No México passou a ser comum nos últimos anos acordos assim. Como o estádio Akdron, em Guadalajara, nome adotado em 2017. Antes se chamou Omnilife Stadium.
Outro exemplo no país de “naming rights” adotado por um clube após a promessa não cumprida de Andrés no Corinthians é do Guadalupe com a BBVA Bancomer Stadium, erguido em 2015.
Na Europa é mais comum em alguns países, como Alemanha e Inglaterra, do que em outros, ainda resistentes, como Espanha, França e Itália, onde os fãs são mais críticos.
Ainda assim esses países têm exemplos como a Juventus, que fechou com a Allianz em 2017 para batizar sua casa em Turim como Allianz Stadium. O Espanyol também usa o RCDE Stadium, campo que passou a ter esse nome em 2016. Dois anos antes era Power8 Stadium.
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uma vergonha um time grande,como o corinthians e sua diretoria incompentente ,entrega o Estadio
Andrés cara de areia mijada, fora do Timão