19/3/2020 12:03

Sem Paulista, Corinthians x Palmeiras pode repetir o que só aconteceu duas vezes na história

Sem Paulista, Corinthians x Palmeiras pode repetir o que só aconteceu duas vezes na história
O novo coronavírus ameaça a continuidade do Campeonato Paulista e pode fazer com que o torneio termine sem um Corinthians x Palmeiras pela terceira vez em mais de cem anos. A competição foi paralisada na última segunda-feira e não tem data para voltar.



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O clássico estava programado para ocorrer no domingo (22) pela penúltima rodada da fase de classificação. Os palmeirenses buscam a melhor campanha (tem os mesmos 19 pontos do Santo André), enquanto os corintianos sofrem e podem ser eliminados precocemente.

Desde 1917, quando se enfrentaram pela primeira vez, Corinthians e Palmeiras não se encontraram apenas nas edições de 1924 e 2004 do Estadual. Os motivos passados não guardam nenhuma relação com o problema atual.

Revolta palestrina
Em 1924, ainda vigorava o amadorismo no futebol brasileiro e o Estadual mais antigo do país era disputado por 12 equipes no sistema de pontos corridos. O Palmeiras, então ostentando seu nome de batismo, isto é, Palestra Itália, abandou o torneio após dois jogos.

O motivo foi um desentendimento com a APEA, a entidade responsável pela competição, após duas rodadas.

Os palestrinos já cumpriam uma punição imposta do torneio passado, com Picagli suspenso. Mais dois jogadores foram punidos após a derrota para o Paulistano por 3 a 1: Nigro e Cassarini. Eles foram expulsos por jogo violento.

Depois, na derrota para o Braz Atlético por 3 a 2, Primo e Heitor também foram expulsos e suspensos por jogo violento.

O clube apelou e não conseguiu. Também ficou incomodado com a negação para inscrever Amílcar Barbuy, ex-Corinthians. Após a segunda rodada, os palmeirenses abandonam a comunicação. O restante da temporada foi dedicado a jogos amistosos.

Em comunicado à imprensa, a diretoria palestrina manifestou "descontentamento com várias decisões tomadas pela APEA". Foi a segunda vez que o Palmeiras abandonou um campeonato em curso. Já havia feito em 1918.

É importante explicar o contexto daquele ano também. Foi o ano da Revolução Tenentista em São Paulo, um conflito que durou quase um mês (de 5 a 28 de julho) e tinha como objetivo depor o presidente da República Artur Bernardes e promover reformas políticas.

Alguns pontos da cidade chegaram a ser bombardeados pelos tropas do governo federal para conter os líderes tenentistas. Apesar de ter curta duração, o conflito deixou um saldo impactante: 5 mil feridos e mais de 500 mortos.

O Campeonato Paulista foi interrompido por dois meses.

Por causa dos dois meses de paralisação, o torneio de 1924 terminou em 1925 e marcou o primeiro tricampeonato do Corinthians.

Fracasso corintiano
Oitenta anos depois, o clássico não foi disputado no Estadual pela segunda vez. Dessa vez os "culpados" foram os corintianos.

Com um regulamento novo em relação aos anos anteriores, o Campeonato Paulista de 2004 não reservou um confronto entre os rivais na fase classificatória. Aliás, nem mesmo no mata-mata. Dependeria do acaso para que se encontrassem no mata-mata final.

Ocorre que o Corinthians fez um campanha péssima. Venceu dois jogos, empatou outros dois e perdeu cinco vezes. Caiu na primeira fase e só não foi rebaixado porque, na última rodada, o São Paulo derrotou o Juventus. Assim, quem acabou rebaixado foi o time da Mooca.

A equipe alvinegra era comandada por Oswaldo de Oliveira e tinha no elenco nomes como o goleiro Fábio Costa, o lateral Coelho, o zagueiro Anderson, os volantes Fabrício e Rincón, o meia Adrianinho e os atacantes Gil, Régis Pitbull e Marcelo Passos.

O Palmeiras avançou de fase e chegou até a semifinal. Foi eliminado de forma surpreendente pelo Paulista, nos pênaltis após dois jogos. O primeiro terminou empatado por 1 a 1, no Palestra Itália. O seguinte terminou 3 a 3, no estádio Hermínio Ometto, em Araras.

Nas penalidades, Élcio, Lúcio e Nen perderam para o Palmeiras, enquanto Pedrinho, Muñoz e Vágner Love marcaram. O time de Jundiaí, que tinha o técnico o ex-goleiro Zetti, venceu por 4 a 3. Na decisão, o "Galo" perderia a taça para o São Caetano.

A equipe alviverde era comandada por Jair Picerni e tinha o goleiro Marcos, os laterais Baiano e Lúcio, o volante Magrão, os meias Adaõzinho e Pedrinho e o atacante Vagner Love, este em início de carreira.














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