Foto: Leonardo Bianchi
O aumento da dívida do Corinthians, as negociações relacionadas à Arena e muitos outros temas relacionados às contas do Timão são assuntos da entrevista de Matias Romano Ávila, diretor financeiro do clube, ao podcast GE Corinthians.
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Apesar de reconhecer o momento difícil vivido pelo Corinthians, que fechou 2020 com aproximadamente R$ 144 milhões de déficit, o diretor financeiro adota tom otimista e diz que "o diabo não é tão vermelho" e que "o torcedor pode ficar tranquilo".
A entrevista está disponível nos principais agregadores de podcast, no Spotify e também pode ser ouvida no tocador acima.
– Eu enxergo o Corinthians daqui a 12 anos assim: com a Arena paga, naming rights bonitão, e o Corinthians muito grande, disputando a ponta com os clubes brasileiros. O Corinthians está projetado para continuar a sua grandeza – declarou o diretor.
Matias Romano Ávila apontou a contratação de 16 jogadores em 2019 como o principal motivo para o aumento do endividamento do clube. A dívida do Timão está próxima de R$ 700 milhões – sem considerar o financiamento da Arena Corinthians.
Embora evite comentar decisões do departamento de futebol, o diretor financeiro admitiu que houve decisões erradas.
– Quando você contrata um jogador, não tem a possibilidade de saber se ele vai dar certo ou não. Quando não dá certo, você tem que encontrar um caminho, ou emprestar... Você não pode contratar um jogador e ele não jogar, aí é um erro estratégico – pondera, ao ser questionado os jogadores cedidos pelo Timão a outros clubes.
Matias também minimiza o impacto financeiro do time sub-23 nas contas alvinegras. Criada em 2019, a categoria não forneceu nenhum jogador para o atual elenco profissional do Timão.
– O sub-23 é o menor dos problemas, custa R$ 300 mil reais por mês. Isso não quer dizer nada para o Corinthians [...] Relaxa com o sub-23. Se eu pudesse dizer algo para o torcedor, seria: nem liga para o sub-23.
Boa parte da entrevista foi dedicada a explicar as contas da Arena Corinthians. Matias Ávila se mostrou confiante em um acerto com a Caixa Econômica Federal, mas reforçou que o clube não aceitará pagar a multa de cerca de R$ 50 milhões que o banco estatal exige.
Como mostrou o GloboEsporte.com, está alinhado um acordo para prorrogar o prazo de pagamento do financiamento da obra em mais quatro anos, passando de 2028 para 2032.
Além disso, o Corinthians quer pagar menos nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, quando as receitas da Arena diminuem.
Por fim, o dirigente corintiano ainda foi perguntado sobre o clube social do Timão, que ano após ano apresenta resultados negativos. Matias Ávila admitiu que fatores políticos acabam pesando nas decisões do clube:
– Sobre o clube social, eu me lembro do ano retrasado, estou com esse número aqui de 2018. O Corinthians gastou R$ 21 milhões no clube social e arrecadou R$ 13 milhões. É muito pouco para o tamanho do orçamento do Corinthians. Se você for fazer isso (acabar com o déficit), eu tenho que chegar lá e cortar a folha, vou deixar de ter academia, um monte de serviços, de restaurantes, de bares, tudo o que a gente consegue fazer lá dentro, tem que diminuir segurança, limpeza e tal. Eu vou deixar o associado descontente. Vale a pena? Quem elege o presidente, os vices e os conselheiros? São associados. O clube é feito para 8 mil associados que votam e 40 milhões de torcedores, infelizmente é assim!
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Arena Pacaembu, por favor...
Qui vergonha. Presidentes
Esse é o mesmo que disse que a condição do Flamengo é fogo de palha!!!
Nao tem condicoes devolve este estadio cada vez mais se afundando em dividas toda vez esses diretores falam que vao pagar e so virando uma bola de neve eramos felizes em jogar no Pacaembu oque adianta ter um estadio se nao e nosso
Até lá já estarei morto!