Foto: Marcos Ribolli


Mauro Boselli ficou pistola com Janderson, e é compreensível, afinal o Corinthians teve que jogar 45 minutos de um clássico contra o Santos com um jogador a menos, a poucos dias da estreia na Libertadores. E teve que correr muito mais do que planejava.



LEIA TAMBÉM: Movimentação, posse de bola e verticalidade; saiba como joga o ‘Corinthians 2020’


Mas vale a pena olhar para o copo meio cheio: às vésperas de uma decisão que pode decidir o futuro do clube no ano, contra o Guaraní, do Paraguai, o time aprendeu na marra a se defender com um a menos.
Por mais que a pré-temporada não tenha sido a ideal, o Corinthians fez a o possível para transformá-la em algo útil.

O técnico Tiago Nunes pôs os reforços para jogar: Luan deu pistas de como e onde pode render melhor e já parece que Victor Cantillo joga há anos no Corinthians, tamanha sua facilidade para encontrar companheiros com passes longos (Fagner agradece) e sua desenvoltura para falar e orientar o time quando não tem a bola. Cantillo dirige o time, e isso é uma boa notícia.


Contra o Santos, Boselli fez mais uma boa partida. Esteve bem no centro do ataque e melhor ainda quando saiu de lá para ajudar na armação. Foi dele o passe para o gol de Janderson, um lançamento que nem ele e nem nós estávamos acostumados a ver. Quanto mais joga (e mais treina) mais repertório o Corinthians tem.

Luan não conseguiu repetir seus melhores momentos, mas nunca se omitiu, nunca se escondeu, o que também é boa notícia.

Fagner se encarregou de dar a outra boa notícia para Tiago Nunes. Não ofereceu riscos ao time nas poucas vezes que o Santos atacou por ali, e foi provavelmente a melhor alternativa ofensiva quando os caminhos se fechavam. No lance do primeiro gol do clássico, fez um cruzamento de esquerda incomum (para dizer o mínimo) para um lateral direito.


Tiago Nunes tem outros pontos que pode comemorar Pedro Henrique provou-se um companheiro bastante digno para Gil, e a dupla Janderson/Everaldo se mostrou capaz tanto de encontrar espaços em defesas fechadas quanto de defender quando a situação exige, o que foi o caso em Itaquera.

Obviamente será impossível prever se o Corinthians será capaz de superar o Guaraní do Paraguai e fazer uma boa campanha na Libertadores, mas está claro que este time é capaz de superar a timidez dos últimos anos. O primeiro jogo contra os paraguaios será nesta quarta, às 21h30 (de Brasília), em Assunção.