Vivendo o momento de maior pressão no comando do Corinthians, Fábio Carille não teve medo de arriscar. No empate em 2 a 2 contra o Goiás, o técnico ouviu os clamores da torcida por um time mais leve e ofensivo e fez sete mudanças na equipe. Com nova cara, o Timão apresentou considerável melhora ofensiva. Contando com alguns suspensos para o próximo embate, Carille deveria optar pelas mesmas mudanças diante do Cruzeiro?



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O técnico Fábio Carille promoveu sete mudanças em relação ao time que iniciou o clássico contra o São Paulo no último domingo, no Morumbi. Além dos retornos esperados de Ralf, liberado para resolver problemas pessoais no fim de semana, e Sornoza e Pedrinho, que retornam de compromissos por seleções, o treinador corintiano escalou Bruno Méndez, Carlos Augusto, Janderson e Gustagol. No entanto, o time de Carille também mudou de postura.

O Alvinegro "marcou alto" fora de casa, estratégia que fazia pouco até em Itaquera. Além disso, o time jogou com as linhas mais próximas e ficou mais veloz por conta da entrada de atletas mais jovens. Entre eles, Janderson, autor do gol, e Carlos Augusto, que apoiou bastante ao ataque, diferente de Danilo Avelar, que prioriza o sistema defensivo. O esquema tático continuou o mesmo: 4-2-3-1 com a bola, e 4-1-4-1 em posicionamento defensivo.

Os primeiros minutos da partida logo mostraram que as trocas surtiram efeito. Aqueles irritantes passes entre os zagueiros e a morosidade para chegar ao campo de defesa deram lugar a um jogo mais veloz e vertical. O gol de Janderson, aos 10 minutos, ilustra isso bem. Contra-ataque rápido, ultrapassagem do lateral, área adversária preenchida. Tudo aquilo que vinha sendo cobrado do Timão.

Dominante no primeiro tempo, o Corinthians voltou menos intenso do intervalo e passou a levar sustos. Não dá para ignorar a maratona de jogos, mas mesmo assim é preocupante o declínio físico da equipe na etapa final. Além de desacelerar o ritmo, a equipe passou a cometer muitos erros na defesa.

Se por um lado Carlos oferece mais profundidade no ataque, por outro ainda tem muita dificuldade na marcação. Michael perdeu gol incrível após vacilo do lateral, e era ele quem deveria estar marcando Leandro Barcia no lance da virada.

As triangulações vistas no primeiro tempo foram dando lugar a bolas levantas na área buscando Gustagol e Gil, que virou centroavante após a expulsão de Michael. Em uma delas, saiu o pênalti que originou o segundo gol alvinegro.

O empate premiou um time mais criativo e propositivo do que nos últimos jogos e que não desistiu de lutar até o fim. Também evitou uma pressão ainda maior sobre Carille e o elenco. Embora não vença há quatro jogos, o Corinthians mostrou que pode e quer jogar melhor.

Com pouco tempo para recuperação e treinamento, a comissão técnica de Fábio Carille começou a preparar a equipe para o jogo contra o Cruzeiro, sábado, às 19h, em Itaquera.

O Corinthians não poderá contar nesta partida com os zagueiros Gil, suspenso, e Manoel, impedido de enfrentar o Cruzeiro, clube dono de seus direitos. Assim, nesta quinta, os reservas Marllon e João Victor fizeram trabalhos específicos de posicionamento e saída de bola.

A tendência é que Marllon fique com a vaga e forme dupla com Bruno Méndez, que foi titular contra o Goiás. Além dos zagueiros, o Timão não poderá contar com Cássio, também suspenso.

Uma provável escalação do Corinthians para sábado é: Walter, Fagner, Bruno Méndez, Marllon e Carlos Augusto; Ralf, Sornoza, Pedrinho, Mateus Vital e Janderson; Gustagol.

O que acha, Fiel? O Corinthians deveria manter nomes como Janderson, Gustagol e Sornoza para o duelo contra os mineiros?

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