Desde que resolveu encostar e, posteriormente, emprestar Léo Príncipe, o Corinthians tem trabalhado com Mantuan como reserva imediato de Fagner. De início a situação levou a um questionamento básico, já que o jovem foi formado pelas categorias de base do Timão como meio-campista. À época, Fábio Carille, então treinador corintiano, bancou a decisão de transformar Mantuan em um lateral.
Aos poucos, a promessa alvinegra foi recebendo oportunidades. Mas, as falhas recorrentes em jogos decisivos e em clássicos pesaram. Em uma de suas infelizes apresentações, Mantuan chegou a chorar dentro de campo.
Jair Ventura chegou e deu sequência ao trabalho que vinha sendo conduzido por Osmar Loss, justamente ex-técnico de Mantuan nas categorias inferiores, entretanto, bastou a partida contra o Palmeiras para o atual comandante discordar de seus antecessores.
Em compensação, Jair Ventura tem se animado com Carlos Augusto, lateral esquerdo de 19 anos, dois anos mais novo que Mantuan, mas que só agora começou a receber oportunidade no time principal. Bastaram duas atuações para Carlos animar a comissão técnica e parte da torcida com seu potencial.
O motivo para a rápida adaptação de um e o sofrimento do outro é simples de ser respondido por Jair Ventura, que falou abertamente sobre o assunto em entrevista à Gazeta Esportiva.
“Porque um é da posição e o outro não é. O Mantuan não é lateral, e o Carlos é lateral. Tem as especificidades, você faz uma coisa que você faz a vida toda. E o Mantuan, não. É difícil para ele estar adaptado em uma posição que não é a dele e em grandes jogos, como ele vem jogando. E o Carlos, não. O Carlos faz o que fez a vida toda, jogador de Seleção Brasileira (base). Seria até injusto uma cobrança em cima do Mantuan, porque ele fez uma situação que não é a dele. Fez para poder nos ajudar dentro de uma necessidade nossa. E o Carlos, não. O Carlos está mais pronto, porque é da posição”, cravou o técnico, sem esconder sua opinião partiu de uma percepção própria, e não das informações colhidas dentro do clube.
“Eu (identifiquei). Tanto que no meu primeiro jogo eu não mexi no time e deixei ele (Mantuan) na lateral”, argumentou.
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A partir do momento que percebeu a dificuldade de Mantuan na lateral direita, Jair Ventura passou a apostar em outras improvisações para suprir as ausências de Fagner.
“Ele vem treinando comigo agora (de lateral), porque eu estou sem o Fagner. Mas, quando eu não tiver o Gabriel, eu já usei o Paulo (Roberto), posso usá-lo novamente na lateral, posso dar oportunidade na posição dele, por dentro, mas tudo é possível. Hoje eu preferi usar o Gabriel do que o Mantuan na lateral”, resumiu o treinador.
Nessa quarta-feira, o Corinthians deve contar com o retorno de Fagner para o primeiro jogo da final da Copa do Brasil. No treino desta segunda-feira, como Gabriel foi escalado na vaga do suspenso Douglas e Paulo Roberto estava entregue ao departamento médico, Mantuan voltou a ser utilizado no setor onde Jair não o quer. E mesmo assim, na segunda parte da atividade, o zagueiro Pedro Henrique foi testado por ali.
Mas nem.o carile falou q ele era lateral ele foi adaptado por falta de opção no elenco q chegou um agora pro ano q vem mas se precisarmos pra quarta não temos vai de Gabriel. Jair não contrariou ninguém só está improvisando um cara mais experiente e tirando o menino da fogueira q o colocaram