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Detalhes burocráticos separam Angel Romero de se tornar o mais novo cliente da OTB Sports. E a notícia tem causado preocupação no Corinthians, que tenta há semanas renovar com o paraguaio – o contrato termina em 14 de julho do ano que vem. É que a empresa prometeu algo em torno de US$ 250 mil ou R$ 906 mil a Romero para assumir sua carreira.



O temor dos dirigentes alvinegros tem a ver com o retrospecto recente dos jogadores que trabalham com os empresários Bruno Paiva e Marcelo Goldfard. Guerrero, por exemplo, havia assinado com a OTB meses antes de trocar o Corinthians pelo Flamengo.

E a situação se assemelha à de Romero. A OTB venceu a concorrência com Carlos Leite e Wagner Ribeiro por Guerrero e, depois, pediu R$ 18 milhões em luvas para prorrogar o vínculo do peruano com o Corinthians. Sem acordo, Guerrero deixou o Parque São Jorge e se mudou para a Gávea, rendendo uma bolada para atleta e empresa.

Romero tem contrato com o Timão até julho de 2019 (Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Lancepress!)

Mais recentemente, a OTB também foi alvo de críticas no mundo da bola porque Scarpa e Zeca recorreram à Justiça para romper com Fluminense e Santos, respectivamente. A disputa de Scarpa com Fluminense ainda não terminou e ele está impedido de jogar, apesar do acordo de R$ 23 milhões com o Palmeiras – o dinheiro, dividido com a OTB, será pago integralmente pelo Palmeiras até o fim do vínculo.

Já Zeca precisou tirar o processo contra o Santos para que a negociação com o Internacional fosse finalizada. Ele acabou trocado pelo atacante Eduardo Sasha.

Situação delicada: Até os empresários que apresentaram uma proposta ao Corinthians do Cruz Azul, do México, por Romero ficaram desapontados com o acordo do paraguaio com a OTB. Eles têm convicção de que o atacante não aceitará se transferir agora, de olho na possibilidade de faturar muito mais saindo de graça do Timão.

Pior: além de não lucrar, o Corinthians ainda teria de pagar uma multa superior a R$ 11 milhões ao empresário Betto Rappa. Afinal, foi Rappa quem bancou a compra de Romero junto ao Cerro Porteño, em 2014. O Timão nada gastou e ficou com 10% do lucro em cima de uma eventual venda durante o período de contrato.