Corinthians recusou oferta de R$ 22 milhões por Rodriguinho
Desde que perdeu o meia Douglas, o volante Cristian e o lateral André Santos, destaques em meio a temporada 2009, um discurso comum foi utilizado por dirigentes do Corinthians. "Quando um jogador quer ser negociado, o clube não faz força para manter", disseram, em diferentes momentos, os presidentes Andrés Sanchez, Mário Gobbi e o atual Roberto de Andrade. A temporada 2017, a décima do mesmo grupo político no comando do clube, apresenta uma quebra desse paradigma.
Quatro jogadores importantes receberam propostas de transferências: o meia Rodriguinho, o lateral Guilherme Arana, o zagueiro Balbuena e o goleiro reserva Walter. Todos, de alguma maneira, sinalizaram que estavam dispostos a deixar o Corinthians, mas em todos os casos a postura da direção do clube foi a mesma, muito diferente ao de outros tempos: o clube não negociaria jogadores titulares ou considerados imprescindíveis para Fábio Carille.
Os quatro casos, asseguram fontes ligadas ao presidente Roberto de Andrade, não são os únicos. A direção do clube esconde os nomes de jogadores que receberam propostas, mas fala em outros três atletas que poderiam ter sido negociados nesse período. O desfecho foi o mesmo de Walter, Arana, Balbuena e Rodriguinho: com os valores apresentados por eles, divisões de direitos econômicos à parte, o clube poderia acumular cerca de R$ 90 milhões em vendas (veja detalhes abaixo).
O caso de Rodriguinho, em especial, merece destaque. A proposta recusada na última semana é a terceira que o clube recebe por ele neste ano. Em fevereiro, o meia chegou a se queixar publicamente pelo 'não' à oferta do Fenerbahce, mas voltou a se destacar logo na sequência e chegou à seleção. O Besiktas-TUR, recentemente, também procurou o jogador.
Clube enfrenta momento financeiro delicado
Gobbi, último presidente, e Roberto, com mandato até fevereiro
Festejada por torcedores, que desejam a conquista de mais um Campeonato Brasileiro, a manutenção de atletas também gera críticas ao presidente. Dentro do contexto político do clube, em que os elogios são raros e as reclamações são mais constantes, Roberto de Andrade recebe questionamentos em função das dívidas que deixará ao sucessor no próximo ano. As reclamações são de que ele ignora credores e que apresentará um cenário complicado ao presidente que vier a partir de fevereiro de 2018.
A situação financeira do Corinthians é delicada, com débito líquido de R$ 472 milhões, diversos processos recebidos recentemente e ainda dívidas de luvas com membros do elenco. O clube também está há mais de 100 dias sem patrocínio máster. Empresários com quantias a receber também pressionam o clube, como por exemplo os representantes do volante Gabriel. Os corintianos não quitaram luvas, comissões e a própria compra do atleta feita em janeiro.
Até aqui, vale lembrar, a única negociação realizada pelo Corinthians foi de um jogador pouco útil à equipe. O atacante Léo Jabá se transferiu ao Akhmat Grozny-RUS por cerca de R$ 7 milhões. Grande parte da quantia será usada para pagar dívidas e despesas do dia a dia, sem a possibilidade de novos investimentos serem feitos no elenco. A prioridade dos esforços, conforme definiu o presidente no início da janela de transferências, seria para manter todos.
Venda de Malcom gerou críticas internas ao presidente
Cristian chora ao lado de André Santos em despedida no Corinthians
Um caso dentro da própria administração de Roberto de Andrade mostrou comportamento distinto ao atual. No início de 2016, mesmo já tendo perdido Jadson, Renato Augusto, Ralf, Gil e Vagner Love, o presidente cedeu à pressão do empresário Fernando Garcia para que o titular Malcom fosse vendido ao Bordeaux. A negociação trouxe impacto pequeno aos cofres: 1,5 milhões de euros (brutos), correspondente à porcentagem que o clube possuía na época.
A venda de Malcom chegou a irritar bastante o treinador Tite e o então coordenador técnico Alessandro, que reclamaram publicamente da conduta dos empresários e, por consequência, da decisão do presidente Roberto.
Ao longo dos últimos anos, raros foram os momentos em que o Corinthians trabalhou para manter um jogador que desejava sair, mesmo com objetivos importantes nos meses seguintes. Campeão da Copa Libertadores em 2012, o clube vendeu dois titulares (Leandro Castán e Alex) e só manteve Ralf porque comprou direitos econômicos que pertenciam a empresários. Em 2015, também com ambições de título, perdeu três titulares (Fábio Santos, Guerrero e Emerson, estes em fim de contrato). No ano passado, apesar do desmanche em janeiro, Roberto ainda vendeu Felipe, Bruno Henrique, Elias e Alexandre Pato enquanto disputava a liderança.
Pessoas próximas a Roberto de Andrade atribuem, em parte, a mudança de pensamento ao isolamento do ex-presidente Andrés Sanchez do departamento de futebol. Sanchez sempre foi defensor das negociações que impediam a presença de jogadores insatisfeitos no grupo e davam fôlego ao caixa, uma linha que se construiu desde as vendas de Cristian, André Santos e Douglas em 2009, todos vitais no título da Copa do Brasil e do Paulistão naquele ano. Sem eles, o Corinthians teria sua pior campanha desde a volta da Série B.
As ofertas recusadas que se tornaram públicas
Rodriguinho
Valor: 6 milhões de euros (R$ 22 milhões)
Clube: Spartak Moscou
Direitos econômicos: 50%
Guilherme Arana
Valor: 15 milhões de euros (R$ 55 milhões)
Clube: CSKA Moscou
Direitos econômicos: 40%
Balbuena
Valor: 3 milhões de euros (R$ 11 milhões)
Clube: Genoa
Direitos econômicos: 100%
Walter
Valor: 1,5 milhão de euros (R$ 5,5 milhões)
Clube: São Paulo
Direitos econômicos: 5%
ta cheirando que querem vender jogadores
esses cara tem q aprende q nao tem q vender por mixaria nossos jogadores e rodriguinho 90 milhoes ate q sim mais arana 55 e balbuena 11 manda deixa criando o dinheiro