Pós-Palmeiras, Fiel deu crédito ao Timão (Foto: Daniel Augusto Jr)

A partida contra a Ponte Preta ainda nem havia terminado quando os mais de 30 mil torcedores presentes na Arena Corinthians entoaram dois gritos: "É quarta-feira" e "É sangue no olho, tapa na orelha, é jogo da vida, Corinthians não é brincadeira". Apesar da filosofia jogo a jogo mencionada por técnico e jogadores, a Fiel já estava com a cabeça na partida do próximo meio de semana, às 21h45, contra o Palmeiras, pela 13ª rodada do Brasileirão. Será o reencontro das duas equipes desde um confronto marcante pelo Paulistão.



Profissionais da comissão técnica e da equipe do Corinthians acreditam que o ponto de virada definitivo para deixar 2016 de lado e iniciar o bom momento que vive agora foi o dia 22 de fevereiro, data do primeiro Dérbi de 2017. São vários os elementos citados internamente para crer na importância desta partida: retomada de conexão com a torcida, afirmação do estilo de jogo e consciência da necessidade de superação de desafios. Na ocasião, o Timão venceu por 1 a 0 mesmo com a expulsão injusta do volante Gabriel.

Antes da partida, o Corinthians havia realizado dois jogos na Arena: derrota por 2 a 0 contra o Santo André e vitória simples diante do Novorizontino, em que os públicos foram de 18 mil e 11 mil pessoas. Descrente até então, a torcida se mobilizou para dar apoio antes do Dérbi, colocou 30 mil pessoas em Itaquera e a partir de então reviveu os bons públicos e a lua de mel com a Fiel torcida.

Além desta conexão restabelecida com a Fiel, o Dérbi do Paulistão consolidou o sistema defensivo do Corinthians, que suportou a pressão de atuar com um jogador a menos durante um tempo e conseguiu aproveitar uma de suas únicas chances para marcar o gol da vitória aos 42 do segundo tempo, com Jô. Não foram poucas as vitórias por 1 a 0 no ano (13 em 41 partidas), sempre executando bem sua proposta de jogo. Aquele jogo ainda teve Léo Jabá e Kazim titulares e donos de boas atuações.

Agora, o Corinthians reencontra o Palmeiras pela 13ª rodada do Brasileirão podendo abrir até 13 pontos de vantagem do rival na tabela do torneio. Lidar com uma vantagem tão grande é um dos fatores que Carille deseja observar em sua equipe. Passada a vitória contra a Ponte Preta, a filosofia manda pensar no Palmeiras.

- Jogos como este são gostosos para se trabalhar. Será um jogo de muita concentração, de saber explorar os espaços - discursa o técnico Fábio Carille.