O técnico Fábio Carille durante confronto com o Cruzeiro


Até pouco tempo atrás, em sua era mais gloriosa, que rendeu, entre outros títulos, o Mundial de Clubes, em qualquer pergunta sobre a receita de seu sucesso, um dos diretores do Corinthians respondia: "futebol é gol".



Os resultados positivos abundavam naquela época.

E voltaram a ser assim nesta temporada.

Na liderança disparado do Brasileiro, com sete pontos à frente do segundo colocado, o Grêmio, o time alvinegro, 29, é dono também de um dos melhores ataques do campeonato, com 19 gols em 11 rodadas. Esse desempenho, claro, se reflete em seus cofres: o Corinthians de Fábio Carille bate, com folga, o de Tite na bilheteria em sua Arena de Itaquera. Até aqui, em seis jogos disputados em casa, a equipe tem média de público de 36.523 mil.

É a maior de um clube em uma Série A completa em seus domínios.

Para efeito de comparação, sob o comando do mentor de Carille, Tite, hoje no comando da seleção principal, o time de Parque São Jorge fechou a sua campanha na conquista de 2015 com média de 33.480 mil pessoas, mas, no mesmo período atual de seis rodadas, o número era de 29.484 mil.

Em 2016, quando desapontou e se saiu mal na competição, a sua média ficou ainda mais abaixo, com 28.764 mil torcedores por partida.

Entre outros fatores, além do futebol apresentado na atual temporada e, claro, como não poderia deixar de ser, os gols, pesa na presença maciça da Fiel na Arena o preço cobrado em 2017, cuja média fica em R$ 51.

Esse valor superava R$ 60 em 2015 e também em 2016.


Pagando menos, com Jô cada vez mais artilheiro, a fibra de Romero, Rodriguinho e Jadson municiando, Guilherme Arana e Fagner avançando pelas laterais e Cássio segurando tudo atrás, o Corinthians vê o hepta se aproximando.

Com o seu 'banco de loucos' empurrando, fica ainda mais fácil para assegurar mais um troféu.

E, naturalmente, sobra uma grana para seguir arcando com os juros para quitar a dívida com a Arena - as parcelas mensais seguem em negociação com a Caixa Econômica Federal.