7/7/2017 09:34

Novo contrato, CIDs, gestão... Presidente do Corinthians tira dúvidas sobre a Arena

Roberto de Andrade explica negociação com a Caixa Econômica Federal e confirma conversas para que o banco estatal também compre certificados de incentivo ao desenvolvimento do estádio

Novo contrato, CIDs, gestão... Presidente do Corinthians tira dúvidas sobre a Arena
A boa fase vivida pelo Corinthians em campo tirou um pouco dos holofotes sobre a arena de Itaquera. No entanto, diversos assuntos envolvendo a casa alvinegra seguem indefinidos. O Timão aguarda o relatório de auditoria, ainda não firmou o novo contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal e busca alternativas para acelerar a venda dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento).



Em entrevista ao Globoesporte.com, o presidente corintiano, Roberto de Andrade, deu um panorama das negociações envolvendo a arena e, apesar de reconhecer dificuldades enfrentadas pelo clube, demonstrou otimismo. Confira abaixo:


Novo contrato com a Caixa
Há mais de um ano o Corinthians mantém conversas com o banco estatal para alterar o contrato de financiamento da obra da arena. Com dificuldades para pagar as parcelas de R$ 5,7 milhões mensais, o Timão tenta reduzir o valor, esticar o prazo de pagamento e ganhar mais autonomia na administração do estádio. No fim de 2016, as partes davam o acordo como certo, mas até agora segue a indefinição.

– Está faltando a Caixa dar o "ok". É uma discussão ampla, demorada. A Caixa é um órgão público, nem tudo o que a gente pede eles podem fazer. Há instâncias lá dentro, comitê executivo, enfim... Às vezes, as coisas são demoradas, como estão sendo – explica Roberto de Andrade.

Em um primeiro momento, chegou a ser discutida a possibilidade de o Corinthians ficar com uma parte das receitas de bilheteria, que hoje são integralmente destinadas ao fundo responsável por pagar o estádio. No entanto, isso foi descartado.

No novo acordo, o prazo de financiamento deve saltar de 12 para 20 anos. Por conta das negociações, o Corinthians está desde o ano passado sem pagar as prestações à Caixa, arcando apenas com os juros das parcelas (em torno de R$ 3 milhões). Mesmo assim, não é fácil fechar a conta.

– Quando dá para pagar, pagamos o juros. É quase o valor todo da parcela. Você sai pagando muito neste financiamento, aí vai caindo com o decorrer dos anos, porque vai amortizando. Por enquanto, a amortização do valor principal é baixíssima – argumenta Roberto.

O Corinthians deve aproximadamente R$ 1,37 bilhão para a Caixa e outros R$ 360 milhões para a Odebrecht, superando R$ 1,7 bilhão no total. O valor pode ultrapassar R$ 2 bilhões até o fim do contrato.

– A Caixa entende o nosso pleito, acha legítimo. Quando foi feito o contrato, vivíamos em outro Brasil. O país mudou. Diante disso, estamos solicitando que se reduza o valor. É isso que estamos submetendo.

Inicialmente, eles não concordaram com o valor sugerido. Depois nós não concordamos com o que foi proposto. E agora estamos chegando num meio do caminho, que talvez dê certo – declarou o presidente alvinegro.




CIDs
Parte do pagamento da arena à construtora Odebrecht será feito a partir da venda de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento, que são títulos que podem ser comprados por empresas que gastam com impostos municipais. Neste caso, os “papéis” foram emitidos pela prefeitura como contrapartida aos benefícios à economia da Zona Leste pelo estádio e a abertura da Copa do Mundo de 2014.

O valor corrigido já ultrapassa R$ 450 milhões, mas o Timão tem dificuldades para vender os CIDs. Em 2016, foram comercializados R$ 29 milhões. Já neste ano, algumas empresas (várias delas de conselheiros corintianos) adquiriram mais títulos, mas o clube tenta acelerar a comercialização.

Uma das alternativas estudadas é negociar os certificados com a própria Caixa, que poderia utilizá-los para abater impostos de suas agências bancárias. Roberto de Andrade confirma esta informação.

– Isso está no pacote da negociação, estamos conversando. Não é tão fácil, mas pode ser que aconteça. Na verdade, fácil com a Caixa não tem nada. Precisa passar em comitê, ter aprovação, isso demora. Esse acordo seria numa segunda parte da nossa conversa. Agora temos que modular o valor da prestação para que ela caiba dentro da nossa realidade de momento do país e do Corinthians. Essa é a prioridade.

Gestão
Em abril deste ano, a BRL Trust, empresa do mercado financeiro que administra o fundo que rege a Arena Corinthians, renunciou ao posto.

No entanto, ela ainda não se desligou e isso pode até mesmo não acontecer, como explica Roberto de Andrade:
– Ela não deixou de ser. E vai ficar até acabar. O administrador não deixa o fundo de uma hora para a outra. Do anúncio da saída, demora mais 12 meses. Isso se encontrar um outro administrador. Se não tiver, eles vão ter de permanecer. É regra da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), não fui eu que criei.




Auditoria
A Cláudio Cunha Engenharia Consultiva já finalizou o relatório (com cerca de 800 páginas) de auditoria do estádio, mas ainda não o entregou ao Corinthians. Há cerca de 20 dias as partes tentam agendar um encontro para a apresentação do trabalho realizado à cúpula alvinegra.

A auditoria visa identificar obras que estavam previstas e não foram realizadas, bem como identificar cobranças superfaturadas ou incorretas.

Com o documento em mãos, o clube promete cobrar da Odebrecht tudo o que não estiver em conformidade com o que foi estabelecido em contrato no início da obra.



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33861 visitas - Fonte: Globo Esporte

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mais tbm presidente atual ta metendo a mao grande no corinthians esse roberto de andrade e um dinherista n sei como n vendeu arana anda e o pedrinho porq tinha era q renova com arana e pedrinho e almenta multa dos dois dobra valor da pulta e compra percentual do arana q 40 % muito pouco

40milhoes de euros no guilherme arana e

106 milhoes de euros pedrinho

tem que cobrar mesmo a Odebrecht. usaram o nome do Corinthians para lavar dinheiro não Sr. Andrés Sanches

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