5/7/2017 11:16

Corinthians gastou R$ 200 mil com tentativa frustrada de arrumar patrocínio

Clube pagou viagens ao Oriente Médio do empresário Francesco Arruda; ele também foi autorizado a buscar parcerias para Flamengo e Inter, mas só foi remunerado pelo Timão

Corinthians gastou R$ 200 mil com tentativa frustrada de arrumar patrocínio
Entre 2014 e 2016, o Corinthians gastou pelo menos R$ 200 mil com despesas de viagem ao Oriente Médio do empresário que se apresentava como Francesco Arruda. Ele prometeu – e nunca cumpriu – arrumar um patrocinador para o estádio do clube. O valor foi confirmado ao GloboEsporte.com por diversas fontes dentro do Corinthians.



Flamengo e Internacional também autorizaram Arruda a buscar parcerias, como comprovam documentos obtidos pela reportagem. Nesses dois casos, não houve custo para os clubes. O acordo era: se o empresário fechasse algum negócio, receberia comissão. Se não conseguisse (e não conseguiu), não ganharia nada.

Numa entrevista gravada há dois meses, Arruda declarou ter recebido R$ 700 mil do Corinthians em reembolsos com custos de passagens e hospedagem em cidades como Dubai, Abu Dhabi e Doha. Na semana passada, o clube enviou uma nota à reportagem na qual confirma que fez pagamentos, mas não no valor mencionado por Arruda:

– O Sport Club Corinthians Paulista informa que o senhor Francesco Arruda foi negociar pelo clube os direitos dos Naming Rights da Arena Corinthians com empresas árabes. Porém, os valores citados via entrevista ao jornalista do GloboEsporte.com não chegam nem perto dos números reais.

Segundo o empresário, os pagamentos do Corinthians foram suspensos em março de 2016.

– Eu gastava e eles me reembolsavam. Em 2016, pararam de pagar. O Andres (Sanchez, ex-presidente) me disse que acabou o dinheiro, que eles não acreditavam mais. O último depósito, de R$ 10 mil, foi feito em março de 2016 – declarou Arruda.

Desde 2014, o empresário, que diz ter 45 anos, foi a principal fonte da ilusão segundo a qual o Corinthians venderia os "naming rights" da Arena para companhias aéreas do Oriente Médio – primeiro a Emirates Airlines, depois a Qatar Airways.



Amparado em sua amizade com o ex-presidente corintiano Andres Sanchez (a quem chama de "meu anjo dentro do Corinthians") e nos contatos que tem na Emirates Airlines (diz ter conhecido um dos príncipes da família real dos Emirados Árabes na década de 1990) Arruda fez o clube pagar diversas viagens dele ao Oriente Médio.

Diz Arruda que o Corinthians recusou uma proposta da companhia aérea de 15 milhões de euros por três anos de patrocínio na camisa. Seria um "primeiro passo" antes da venda do nome do estádio. Dirigentes e ex-dirigentes de vários departamentos do Corinthians – jurídico, marketing, financeiro – contestam essa versão. E apresentam outra, oposta.

De acordo com os os relatos dos cartolas, houve duas reuniões presenciais com a cúpula da Emirates, ambas agendadas por Arruda. E algumas trocas de e-mails. Sempre com o mesmo roteiro: o Corinthians pedindo para ser patrocinado, e a companhia recusando. O clube tentou várias possibilidades: vender espaço na camisa, vender o nome do estádio, vender as duas propriedades num pacote. Nenhuma colou.
Numa dessas viagens, dirigentes corintianos foram recebidos por Boutros Boutros, vice-presidente de Comunicação Corporativa, Marketing e Marca da Emirates. Ouviram dele que a empresa não tinha presença suficiente no mercado brasileiro para fazer um investimento tão alto num patrocínio esportivo.

Num segundo encontro, os cartolas foram recebidos pelo xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum, Emir de Dubai e presidente da Emirates. O chefe da companhia endossou o discurso de seu executivo e fechou as portas da empresa ao Corinthians. Na entrevista que deu ao GloboEsporte.com em maio, Arruda afirmou ter cópia do contrato oferecido ao Corinthians pelo patrocínio da camisa. Mas recusou-se a mostrá-lo. Ao pedido da reportagem para ter acesso ao documento, respondeu:
– Não seria legal publicar. Aí não vai ser bom.

Na semana passada, confrontado com a versão do clube segundo a qual nunca houve proposta oficial da Emirates, Arruda mudou o discurso. Disse que a oferta da Emirates foi "verbal". Procurada, a empresa afirmou por meio de sua assessoria que não há negociações em curso com o Corinthians.



A SOLUÇÃO QATAR
Sem chance com a Emirates, Francesco Arruda mudou de alvo e de país. Diz agora negociar com a Qatar Airways. Em entrevista gravada em maio e em mensagens enviadas à reportagem na semana passada, o empresário disse acreditar que o acordo será fechado.

– O que falta para fechar é o Andres Sanchez ser presidente do Corinthians. Se ele for presidente num dia, no outro está fechado o acordo – afirmou Arruda, que diz conhecer o ex-presidente desde 2007.
Procurado pela reportagem, o ex-presidente do Corinthians (2007-2012) afirmou que ninguém está autorizado falar em seu nome.

– Não serei presidente. E, se for, também não tem garantia de fechar nada. Isso (naming rights) é um assunto do presidente e do pessoal do clube. Não mexo mais – disse.

Durante o último congresso da Fifa, realizado em maio no Bahrein, a reportagem conversou informalmente no hotel Ritz-Carlton com integrantes da família real do Qatar, que afirmaram não ter planos para investir no futebol brasileiro. A exceção citada foi uma visita feita à Chapecoense e um convite ao time sub-17 da Chape para disputar um torneio em Doha. A Qatar Airways não respondeu aos e-mails enviados pelo GloboEsporte.com.

A Arena Corinthians foi inaugurada em 10 de maio de 2014, um mês antes da abertura da Copa do Mundo. A venda do nome do estádio sempre foi tratada por Andres Sanchez e outros dirigentes como algo fundamental para o clube conseguir pagar o financiamento do estádio.

Em três anos, o clube nunca esteve perto de fechar a venda pelos valores sonhados por seus dirigentes – cerca de R$ 20 milhões por ano.

FLAMENGO E INTER
O Corinthians não foi o único clube para quem Arruda buscou patrocínio. Em 2014, ele obteve do Flamengo uma autorização para buscar "junto ao mercado financeiro europeu ou do Oriente Médio" um empréstimo no valor de US$ 50 milhões, "a ser liquidado pelo clube em prazo de 10 anos", e a "captar patrocínio master para a camisa" do time valor de R$ 45 milhões.

O contrato, que tinha duração de 60 dias e não foi renovado, previa o pagamento de comissão apenas em caso de negócio fechado – o que não aconteceu.

Segundo a assessoria do Flamengo, a situação financeira na época era "muito grave", o que levou o clube a permitir que empresas captassem empréstimos no exterior a taxas melhores que as praticadas no Brasil. Caso algum desses intermediários chegasse com uma oferta de empréstimo, "a proposta seria levada aos conselhos competentes do clube". O que nem chegou a acontecer.



Um ano antes, em 2013, o Inter fez algo parecido: deu a Francesco Arruda autorização para buscar patrocínio ao "mix de produtos" do clube: placas de publicidade no Centro de Treinamento, uniformes oficiais, site do clube, revista e jornal do Inter, além de "outros projetos que eventualmente possam vir a ser comercializados."

Jorge Avancini, diretor de marketing do Inter em 2013, hoje no Bahia, confirmou ao GloboEsporte.com que autorizou o empresário a negociar em nome do clube. Avancini afirmou que o pagamento de qualquer comissão para o intermediário estava atrelado ao sucesso de uma negociação. Arruda não fechou negócios com o Inter.

– Eu tenho meus negócios fora do futebol [...] Se dependesse do futebol, eu estava ferrado. Até agora não deu nada – admitiu o empresário.




MUDANÇA DE NOME
Desde dezembro de 2016, o homem que se apresentava como Franceso Arruda mudou de nome. Ele moveu uma ação judicial em Rondônia para ser reconhecido como filho de José Milton de Andrade Rios, em "substituição" a seu pai adotivo, Odeni Arruda.

Seu pedido foi atendido por todas as partes. O pai biológico o reconheceu, o pai adotivo não reclamou, e o juiz Silvio Viana, da 4a Vara Cível de Ji-Paraná decretou seu novo nome: Francisco José Macêdo Rios. Isso sim, fez uma ressalva: seu prenome era e continua sendo Francisco, e não Francesco, como ele se apresenta até hoje. Na entrevista que deu ao GloboEsporte.com em maio, ele explicou seus motivos:

– Jornalistas maldosos escreveram coisas que eu não sou, deixaram complicada minha reputação. E meu pai biológico já queria me registrar. E aí uni o útil ao agradável e mudei de sobrenome. Eu estava mais sujo do que pau de galinheiro. Se alguma coisa fosse verdade, eu estava preso faz tempo.




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53337 visitas - Fonte: Globo Esporte

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Enquanto os demais clubes só teriam gastos se esse Arruda desse resultado, o Corinthians pagava pra ele passear pelo mundo sem apresentar resultado algum. Que beleza em presidente Andrade e Andrés, é fácil jogar no bueiro dinheiro do Corinthians; ainda por cima confiar em um empresário que muda de nome!

va se fuder seu desgraçado,va da o cu pro cavalo filha da puta desgraçado ,fica esperto

que vergonha quanto mais cava mais sugeira sai lamentável

OLÁ PESSOAL
VOCÊ DE TODO BRASIL QUE TEM TV POR ASSINATURA E TEM POUCOS CANAIS E PAGA CARO.
NÓS TEMOS A SOLUÇÃO
LIBERAMOS OS CANAIS E REDUZIMOS A FATURA
INTERESSADOS ZAP 11980799494

Com Dinheiro da Jbs,Andrés Cara de Choquito!!!!Só assim pea levanta essa Bosta de Estádio Pinico.

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