Clayson com o pai, de camiseta branca, em jogo de futsal no Parque São Jorge (Foto: Arquivo pessoal)
Uma fotografia da infância de Clayson, guardada com carinho na memória do celular do meia do Corinthians, faz ligação entre seu passado e presente. Nela, o ainda garoto aparece de mãos dadas com o pai, Rubão, um corintiano fanático, em jogo de futsal como visitante no Parque São Jorge. Hoje, aos 22 anos, defende o Timão e realiza o sonho do pai, aquele que foi seu maior incentivador.
– Meu pai era meu alicerce. Tive muito ajuda da minha mãe e do meu irmão também, mas no futebol ele era minha base. Onde eu ia, ele ia comigo, fazia de tudo para que desse certo. A gente não tinha carro, só uma bicicleta, e ele me levava no cano às 5h da manhã para a gente viajar (risos). Meu pai era tudo para mim. Deu muito a cara a tapa, fez de tudo para que minha carreira acontecesse. Graças a Deus, ela se tornou realidade – relembrou o meia-atacante.
Titular neste domingo, às 16h, diante do Botafogo, sendo o substituto do suspenso Romero, o jogador perdeu o pai no ano passado por conta de uma trombose. Na chegada ao Timão, solicitou a camisa 58, para simbolizar a idade que Rubão tinha no falecimento. A diretoria, porém, não liberou a utilização. Sobrou para ele a camisa 25, usada por em sete jogos desde o mês de maio.
– Não podia, eles usam até o número 40 aqui no Corinthians. Meu pai era corintiano roxo. Muito corintiano. Queria fazer essa homenagem. Ele tinha o sonho de me ver jogando no Corinthians. Independentemente disso, ele deve estar feliz – destacou.
Nascido em Botucatu, no interior de São Paulo, Clayson começou jogando no futsal. Aos 16 anos, migrou para o campo, iniciando a carreira no União São João de Araras. Por lá, disputou uma Copa São Paulo e, após se destacar, foi parar no Grêmio.
Clayson terá nova chance no ataque do Corinthians diante do Botafogo (Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians)
Em 2013, partiu para o Ituano, onde integrou o elenco campeão paulista de 2014. Mas o destaque mesmo veio na Ponte Preta, na campanha do vice-campeonato paulista desta temporada. Contratado pelo Timão, sabe que mesmo na reserva pode ser importante na luta pelo título.
– Nosso elenco é muito qualificado, sabemos da nossa qualidade, dos nosso objetivos, estamos muito bem treinados. Independentemente de quem entra, o time joga da mesma forma. Isso é importante para um campeonato longo. Vamos buscar coisas grandes lá na frente – disse.
força muleque você vai jogar muito no timão