O que aconteceu com aquele Corinthians modesto, apontado como quarta força do estado no início do ano, que não realizou contratações bombásticas e ainda apostou em um técnico sem grife? Mesmo depois da conquista do Campeonato Paulista, o Timão ainda surpreende muita gente com o início arrasado no Brasileirão. Em seis jogos, foram cinco vitórias, um empate e a liderança da competição!
Mas como explicar a fase da equipe de Fábio Carille? A fim de responder essa pergunta, o Globoesporte.com listou dez motivos que ajudam a entender o que levou o Corinthians à liderança do Nacional após seis rodadas. Confira:
Primeiro a defesa
Antes de qualquer coisa, vale frisar que isso não quer dizer que o Corinthians seja um time retranqueiro. A média de mais de dois gols por partida neste Campeonato Brasileiro deixa isso claro. Mas o técnico Fábio Carille nunca escondeu que organizar a defesa antes de qualquer coisa era uma prioridade.
Desde o começo da temporada, a solidez na marcação foi uma marca do clube. Carille entendia que era necessário readquirir a confiança da torcida, somar pontos e acalmar a crítica. Por isso, era fundamental somar pontos, não importando o placar ou a beleza do futebol apresentado. Depois, segundo o treinador, seria mais fácil tornar o time envolvente e eficaz no ataque.
Foi exatamente isso que aconteceu. Na primeira fase do Paulista, o Timão ficou marcado por vitórias por 1 a 0. Depois, passou a atuar melhor, ser mais produtivo no ataque e aumentou a média de gols. Nos últimos três jogos, foram dez bolas na rede.
Fair Play
O Corinthians é um time que compete muito, briga por cada bola, mas sem abrir mão da lealdade e do jogo limpo. Segundo números do Footstats, o clube é o que menos cometeu faltas neste Brasileirão: 62, média de 10,3 por partida. O Timão também é o que menos recebeu cartões amarelos até agora, apenas sete. Não houve expulsões.
Reforços que sabem: "Aqui é Corinthians"
2016 deixou uma lição à diretoria alvinegra: não adianta apostar em jogadores que não tenham as características do clube, mesmo que eles sejam técnicos, inteligentes e habilidosos. Os casos de Guilherme e Marlone são vistos como emblemáticos. Apesar de talentosos, eles não "sentiam" os jogos, nem apresentavam a raça que a Fiel torcida pede.
Por isso, no início deste ano, o clube apostou em reforços mais experientes, que habitualmente não sentem a pressão, atletas que já passaram pelo clube e que têm características valorizadas pelos corintianos. São os casos de Jadson, Jô, Gabriel, Kazim, Fellipe Bastos...
Além de investir nestes nomes, o clube acreditou na categoria de Pablo, na polivalência de Paulo Roberto e no potencial dos atacantes Clayton e Clayson.
Padrão tático
Você não verá o Corinthians fazer mudanças bruscas em seu sistema tático ou em seu modelo de jogo. Seja na Arena ou fora de casa, completo ou desfalcado, ganhando ou perdendo, o Timão tem uma cara.
Uma das características consolidadas é a linha de quatro jogadores.
Ao contrário de Rogério Ceni, por exemplo, que tem alternado três e quatro defensores no São Paulo, Carille entende que tais trocam são difíceis de serem assimiladas pelos atletas, já que as noções de posicionamento e cobertura são muito distintas. A marcação é feita por setor, alternando pressão alta, média e baixa de acordo com as circunstâncias de cada partida.
A equipe começou no 4-1-4-1 e fez um pequeno ajuste para o 4-2-3-1. Isso visou aproximar Rodriguinho do ataque e aprimorar a saída de bola, com Maycon ao lado de Gabriel no meio de campo.
Fartura de líderes
Embora tenha um elenco repleto de jovens jogadores, o Corinthians possui diversos líderes: Cássio, Fagner, Balbuena, Jadson, Jô... Mesmo atletas que não jogam com frequência, como Kazim e Fellipe Bastos, são importantes internamente, orientando jovens ou motivando o grupo.
Essas características permitiram que Fábio Carille mantivesse o rodízio de capitães no clube que é feito desde os tempos em que Tite era o técnico. Assim como acontece na Seleção atualmente, a cada partida um jogador diferente utiliza a braçadeira.
Garotada com "fome"
Um pedido antigo da torcida está sendo atendido em 2017. Os jogadores formados na base não só estão treinando entre os profissionais, como também vêm jogando. É o caso, por exemplo, de Guilherme Arana e Maycon, titulares absolutos, e Pedro Henrique, Léo Santos, Pedrinho, Léo Jabá, além de outros garotos que têm recebido chances.
Internamente, essa mescla entre jovens e veteranos é muito valorizada.
A comissão técnica e a diretoria veem esses prodígios com muita vontade de vencer e com noção clara do que representa vestir a camisa corintiana.
"Resgate" de atletas
Marquinhos Gabriel é um dos destaques do Corinthians neste início de Brasileirão, com um gol e duas assistências em quatro partidas disputadas. Mas a história poderia ser bem diferente se Carille tivesse aberto mão do meia, como pedia parte da torcida.
Apesar do mau desempenho em 2016, Marquinhos e Giovanni Augusto sempre estiveram nos planos do treinador, que prometeu "recuperá-los".
O goleiro Cássio, que também viveu temporada ruim no ano passado, é exemplo de volta por cima no Timão.
Sem desmanche
Ao contrário do que aconteceu no começo do ano passado, quando o elenco campeão brasileiro em 2015 foi desmanchado, o Corinthians conseguiu segurar suas principais peças: Cássio, Fagner, Balbuena e principalmente Rodriguinho. O meia recebeu uma proposta do Fenerbahce, da Turquia, pediu para ser liberado, mas o Timão não cedeu. Como consequência, ele foi um dos destaques no título paulista e chegou à Seleção.
Agora, na janela de transferências do meio do ano, a diretoria do clube se prepara para mais situações do tipo. São esperadas propostas para diversos jogadores, mas o Timão insiste que não irá abrir mão de ninguém.
Força como visitante
O Corinthians tem 100% de aproveitamento como visitante neste Brasileirão. O desenho fora de casa na temporada é excelente (74,5%), melhor até do que atuando na Arena (66,7%).
Esse desempenho é fundamental na busca pelo título nacional. Desde 2011, o melhor visitante é o campeão brasileiro.
Fiel abraçou
Mesmo com o time sendo apontado como a quarta força de São Paulo, a torcida corintiana "comprou a ideia" de Carille e seus comandados. A média de público do Timão em 2017 é de 29.487 pessoas por jogo. Já nos três confrontos em Itaquera neste Brasileirão (sendo dois clássicos), o número é ainda maior: média de 38.027 por partida.
Com o apoio da Fiel, neste ano o Corinthians venceu nove partidas na Arena, empatou seis e perdeu apenas uma, para o Santo André, na primeira fase do Paulistão.
essas reportagem sobre o esporte tá parecendo revista de fofocas
Corinthians continui com os pés no chão não liga
DESBLOQUEAMOS OS CANAIS PREMIERE, TELECINE, HBO, COMBATE E CANAIS ADULTOS PARA ASSINANTES DE TV POR ASSINATURA DE QUALQUER LUGAR DO BRASIL E TAMBÉM REDUZIMOS O VALOR DA FATURA.
WHATSAP 11949348549