A distância de quase 2 mil km entre São Paulo e Maceió parece invencível para a família de Pedrinho, jovem jogador do Corinthians. Longe dele, os pais e a irmã do jogador de 19 anos mantêm a rotina de uma família simples. Nem parece parentes de uma promessa alvinegra: o trio segue, como podem, os passos do meia-atacante, ainda à espera da primeira chance de vê-lo no estádio como profissional. Nesta quarta, com sorte, Pedrinho pode voltar ao time, contra o Vasco, em São Januário, mas sua família acompanhará pela TV.
O pai do atleta, Pedro da Silva, trabalha como maqueiro em um hospital de Maceió e precisa pegar quatro ônibus por dia para ir e voltar do trabalho. "Optei pela minha casa em vez do carro", contou em entrevista por telefone ao UOL Esporte.
Luana, 16 anos, irmã de Pedrinho, pega o mesmo número de conduções para ir à escola. A mãe, Luciana da Silva, continua a fazer os trabalhos domésticos na residência situada em Satuba, zona metropolitana de Maceió.
Os três aguardam por um novo encontro com Pedrinho. Por ora, consideram a possibilidade inviável por causa do custo de vida em São Paulo. Além disso, o trio depende do plano de saúde previsto no contrato de trabalho de Pedro - de acordo com o pai, o jogador ajuda nas contas da família há anos.
Na última vez que a família se juntou, durante as raras visitas à casa do atleta em São Paulo, a família conseguiu celebrar o aniversário do jogador em abril. Faltou, no entanto, fechar a viagem com chave de ouro: assistir a uma partida do filho no estádio.
Na ocasião, os pais e a irmã de Pedrinho não conseguiram ir ao Morumbi ver o membro ilustre da família jogar como titular. Como torcedores comuns não seria possível, já que os clássicos paulistas são disputados com torcida única. Eles aguardaram até o último instante por um convite para ver o confronto em um camarote. Não deu certo, e eles voltaram a Alagoas sem viver a experiência, até agora inédita.
Dois encontros em quatro meses
Pedrinho já jogou sob os olhares dos pais e da irmã quando atuava na base. Ao sagrar-se campeão da Copa São Paulo, no fim de janeiro, ele contou com o apoio da família no Pacaembu. Depois do título, o jovem jogador ganhou alguns dias de folga e não desperdiçou a chance de viajar a Maceió.
Na volta, Pedrinho passou a treinar com o time profissional do Corinthians, com direito a sete partidas com a camisa alvinegra. Desde então, entretanto, a família se reuniu apenas uma vez, justamente em abril. O sonho da família, agora, é se juntar novamente.
"Queremos ficar perto dele e acompanhar a carreira dele. Orientar e deixar que tudo fique bem", afirmou Pedro, que relata uma preocupação diária com a rotina do filho em São Paulo: "Só fico tranquilo quando escuto a voz dele, nos falamos três vezes por dia."
Do sertão à capital
Pedro conta que sempre quis ser jogador de futebol, mas na sua cidade natal era "difícil até estudar". Ele é natural de Viçosa, a cerca de 90 km de Maceió. Na capital de Alagoas desde os 17 anos, o pai de Pedrinho casou-se e viu o filho mais velho realizar seu sonho. "Eu sempre dizia: 'o dia que tiver um filho, ele será jogador'. Ele já tinha estilo desde pequeno", contou.
Segundo a mãe do jogador, Pedrinho sempre mostrou habilidade com a perna esquerda e se recorda até da gravidez. "Eu não senti ele chutar até o quarto mês. Depois foi uma festa", brincou Luciana, que é natural de Maceió.
De acordo com a família, Pedrinho deixou a casa da família aos 13 anos para jogar no Vitória, depois de atuar pelo CSA. "Ele saiu muito novo. Nós sofremos muito sem ele aqui. Ele era muito pequenininho. Tivemos de ter coragem", disse Pedro, que sempre incentivou as crianças do bairro a jogar futebol.
Pedrinho durante treino do Corinthians: jovem soma sete partidas no profissional
Depois de ser dispensado pelo Vitória, Pedrinho passou por uma nova desilusão na capital paulista ao ser reprovado no São Paulo. Na mesma semana, o atleta conseguiu, com ajuda do seu agente, um teste no Corinthians.
"Antes ele me ligou todo chateado e me disse que nada dava certo. Queria voltar e desistir. Eu disse que ele já estava em São Paulo e precisava tentar mais uma vez, que uma porta iria se abrir. Ele passou e me ligou na maior felicidade. Nós ganhamos um presente", frisou Pedro, que completa 56 anos nesta quarta-feira e sonha com um gol do filho diante do Vasco.
"Ele não perde um jogo do filho. Quando tem, ele dá um jeito de acompanhar de longe. A gente gosta mais de assistir juntos aqui em casa. Já pensou se ele marca um gol para ele?", sonha Luciana.
choga MT garoto
Graças a DEUS os Bambis não quizeram esse CRAQUE. Pois no São Paulo só aceita BAMBIS.
joga muito e vai longe!!!
Vai ter futuro no Coringao mlk eh bom.
joga muito
mlk vai longe e melhor q muitos jogadores por ai
craque