A vitória por 2 a 0 no clássico do último sábado, contra o Santos, marcou a 30ª partida oficial do Corinthians na temporada e terminou como motivo de orgulho para o técnico Fábio Carille. Enquanto o rival lamentou um cartão amarelo e ainda teve um jogador expulso na Arena de Itaquera, o Timão celebrou seu jogo limpo: venceu, não foi punido nem nas reclamações por dois gols anulados, passou em branco e reduziu ainda mais suas médias de cartão amarelo em 2017. O fair play envaidece o comandante.

- Trato isso com muito orgulho, porque cobro muito dos jogadores para não tomarem cartão bobo, não darem chute na bola depois de falta, lateral. Competir forte, mas na bola, leal, sem maldade. Muito orgulho - diz o técnico.




Em 30 partidas oficiais no ano, o Corinthians recebeu 53 cartões amarelos, uma média de 1,7 por jogo. Como não houve vermelhos, o Timão termina a quarta rodada do Campeonato Brasileiro como uma das equipes mais disciplinadas do futebol nacional. No Brasileirão, aliás, só o Bahia levou menos cartões amarelos (dois contra três em quatro jogos), mas também soma uma expulsão.

Assim como Tite, de quem foi auxiliar por cinco temporadas e meia, Fábio Carille é incentivador do fair play em sua equipe. Em 16 de abril, data do primeiro jogo das semifinais do Paulistão, o treinador do Corinthians enalteceu a participação do são-paulino Rodrigo Caio ao se acusar de um lance que terminaria com punição a Jô, autor de um dos gols da vitória por 2 a 0 no Morumbi. "Lembro que o Tite nos cobrava muito para não sermos malandros. Não adianta. Sendo malandro você termina ali, não vai longe", disse o corintiano naquela ocasião.

Dos 36 jogadores do elenco corintiano atualmente, 16 receberam cartões amarelos na temporada, sendo Gabriel e Rodriguinho os recordistas, com sete punições. Os 53 cartões do ano não somam mais seis amarelos e até um vermelho recebido por Kazim na Florida Cup, torneio amistoso de pré-temporada.