Depois de uma maratona de dez jogos decisivos em 40 dias entre Copa do Brasil, Campeonato Paulista e Copa Sul-Americana, o Corinthians, enfim, terá tempo livre para começar bem o Campeonato Brasileiro e deixar o time redondo para o segundo semestre de 2017.

A partir da estreia contra a Chapecoense, neste sábado, às 19h (horário de Brasília), em Itaquera, o Timão terá apenas quatro jogos nos próximos 22 dias – todos pela competição nacional, por pontos corridos. Tempo mais do que desejado pelo técnico Fábio Carille.

Os jogadores também agradecem ao calendário pela folga maior em maio. Além da Chape, o Timão viaja a Salvador e Goiânia para enfrentar Vitória e Atlético-GO, nos dias 21 e 28 de maio. A sequência se encerra no dia 3 de junho, em clássico contra o Santos. Depois disso, o Brasileirão terá rodadas às quartas-feiras e domingos.

O Corinthians é sempre favorito em qualquer campeonato que entra. Tomara que nossa equipe possa aproveitar esse período inicial e entrar sempre concentrada para conseguir as vitórias nesses jogos – afirmou o meia Jadson.

O período serve para Carille fazer ajustes no time, testar alternativas aos titulares – que quase sempre jogam, e também para a diretoria fechar o elenco com reforços. Há tempo maior para recuperar lesionados.

O saldo da maratona, no fim das contas, foi positivo: título paulista e classificação à segunda fase da Sul-Americana. O time foi eliminado na quarta fase da Copa do Brasil. A próxima etapa da competição internacional ocorre só a partir do fim de junho.

Veja algumas metas do mês mais “leve” do Timão:
Fechar elenco
No cenário ideal do Corinthians, o clube vai manter todos os seus titulares para o segundo semestre e contratar de três a quatro reforços. No atual elenco, a prioridade é exercer o direito de compra dos direitos econômicos do zagueiro Pablo, que pertencem ao Bordeaux, da França. Ainda em maio, representantes do Timão vão à Europa para negociar.

Mesmo em meio à situação de Pablo e sondagens pelo lateral-esquerdo Guilherme Arana, o Timão trabalha para rechear seu elenco: Clayson, da Ponte Preta, e Cicinho, ex-Santos, são os primeiros alvos. A ideia de Carille é semelhante à de Tite, campeão brasileiro em 2015: ter dois bons nomes para cada posição.





Testar alternativas
O Brasileirão tem 38 rodadas, e nem sempre a formação principal estará disponível o tempo todo. Prováveis convocações de Fagner, Balbuena e Romero para as seleções nacionais, mais suspensões inevitáveis, mais possíveis lesões. Em um time já bem organizado, a meta é treinar opções táticas e técnicas para quando os titulares não estiverem em campo.
Exemplo: ainda que não tenha tido tanto tempo nos primeiros meses, Carille colocou Paulo Roberto, um volante, para ser opção na lateral direita. A alternativa se fez necessária quando Léo Príncipe se machucou contra a Universidad de Chile, quarta-feira. Com noção das funções que deveria exercer naquele setor, Paulo Roberto não comprometeu, e o Timão se classificou.
Na questão tática, o Corinthians tem um 4-2-3-1 bem definido. Com Carille, porém, essa formação pode variar para um 4-1-4-1 ou até um 4-4-2, com Jô e mais um atacante à frente.

Volta de lesionados
Além de rechear o elenco e treinar alternativas táticas, é preciso recuperar nomes que vão compor o banco de reservas. Os principais são o zagueiro Vilson, com lesão no joelho esquerdo, e Giovanni Augusto, que se recupera de cirurgia na cartilagem do tornozelo esquerdo. Vilson está perto de voltar a treinar com bola; Giovanni tem mais dois meses de tratamento, mas maio será decisivo para o jogador.

Preparar retorno de Danilo
Jogador mais experiente do atual Corinthians, Danilo é tratado com todo o cuidado possível para retornar aos gramados. Mais de oito meses depois de uma fratura na perna direita, ele voltou a treinar com bola no início de abril e, agora, passará pelos últimos ajustes físicos antes de ficar à disposição de Fábio Carille.