7/5/2017 12:32
Veja como Carille ajustou o Timão e chegou à final logo em seu primeiro trabalho
Jovem treinador do Corinthians tem método de treinamento inspirado em Tite e Mano, mas também deixou clara a sua personalidade neste Paulistão; decisão é neste domingo
Fábio Carille está bem perto de conquistar seu primeiro título como treinador profissional (Foto: Marcos Ribolli)
Poucos gritos e muito conhecimento técnico. Foi dessa forma que Fábio Carille, de 43 anos, chegou à decisão do Campeonato Paulista e está muito próximo de sua primeira conquista como treinador.
À frente do Timão desde 22 de dezembro, o paulista de Sertãozinho montou uma comissão técnica com pessoas de sua confiança (o auxiliar Leandro da Silva e o preparador Walmir Cruz), resolveu os problemas técnicos e táticos da equipe em poucos meses e conseguiu melhorar o ambiente do elenco, impactado em 2016 pelos maus resultados.
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Até a decisão deste domingo, às 16h, em Itaquera, diante da Ponte Preta, Carille comandou a equipe em 27 jogos, com 16 vitórias, nove empates e duas derrotas, com 70% de aproveitamento. Os bons resultados, é claro, facilitaram a gestão do grupo. Mas algumas ações no dia-a-dia foram importantes para o técnico manter a harmonia do elenco e se consolidar como um líder.
Veja como ele fez isso:
Motivação? Não! Trabalho...
Fabio Carille não é visto pelos jogadores como um técnico motivador. Ao longo da campanha, não fez palestras emocionantes e nem tentou mexer com os sentimentos do grupo. Apoiado na teoria, estruturou suas reuniões sempre com aspectos do jogo, sem florear o discurso.
Assim como fazia Tite e Mano Menezes, seus mentores, espalhou frases de efeito nos monitores do CT, mas sempre com o intuito de manter o grupo com nível alto de atuação e na busca por regularidade. Nunca com frases do tipo "acredite em você". Mas sim com: "busque sempre a excelência".
Voz aos atletas
Nos dias de preparação de jogos, Carille e os auxiliares Leandro da Silva e Osmar Loss despejam nos jogadores o máximo de informações possíveis sobre os modelos de jogo de seu time e do adversário, mas sempre com preleções curtas.
Minutos antes de entrar em campo, porém, o técnico pouco fala. Ao reunir o grupo na roda do vestiário, geralmente pede atenção em alguns determinados pontos e logo passa a palavra ao capitão da rodada. Uma forma de dizer que, a partir dali, a responsabilidade é dos atletas.
Afinando o discurso
Logo que foi efetivado, Carille passou a sofrer assédio de uma série de empresários de futebol, interessados em administrar sua carreira. Em janeiro, fechou contrato com Paulo Pitombeira, da Talents Sports, que trabalha com jogadores como Thiago Mendes, do São Paulo, e Roger Guedes, do Palmeiras. A ideia seria transferir a alguém a responsabilidade por negociações de contrato.
Uma das primeiras ações do agente foi a contratação de uma assessoria de imprensa para o técnico. Conciso, aos poucos foi melhorando seu discurso público. As entrevistas coletivas, que geralmente duravam pouco mais de 5 minutos, passaram a melhorar em conteúdo e, até, no humor. Por conta do jeito sério, teve dificuldades de compreensão ao tentar fazer algumas brincadeiras, sendo mal interpretado. Reconheceu erros e sempre valorizou o grupo.
O jogo da virada
A vitória por 1 a 0 contra o Palmeiras, em 22 de fevereiro, marcou a caminhada da equipe até a final do campeonato. Vencer o primeiro clássico do torneio, contra o maior rival, atuando com um jogador a menos injustamente (Gabriel foi expulso de forma equivocada), trouxe um sentimento de união muito forte ao grupo.
Na véspera, um dos titulares pediu dispensa por uma virose. Desfalcado no banco de reservas, Carille chegou a pedir que Marlone fosse para o jogo debilitado, mas o meia-atacante não topou. Substituto do jogador, Léo Jabá teve atuação destacada. No fim, Jô saiu do banco para fazer o gol da vitória. No vestiário, o presidente Roberto de Andrade festejou com funcionários: "Aqui joga quem quer!". Marlone voltou, atuou por mais quatro jogos e depois foi trocado por Clayton com o Atlético-MG.
Clássico é Corinthians e vice-versa
O rendimento do Corinthians nos clássicos foi impressionante. Na primeira fase, venceu Palmeiras e Santos por 1 a 0, em Itaquera. Contra o São Paulo, no Morumbi, fez 1 a 1 na primeira fase e, nas semifinais, venceu por 2 a 0 no jogo de ida. A classificação foi garantida com um 1 a 1 em Itaquera.
Apesar do equilíbrio psicológico, Carille não esteve alheio à tensão. Após a vitória por 2 a 0, com gols de Jô e Rodriguinho, chegou ao vestiário esgotado. Por conta disso, adiou a entrevista coletiva por alguns minutos e brincou com Roberto: "Presidente, não quero mais ser técnico, não sei se tenho coração para mais um clássico", disse, tirando risos do chefe. "Mentira, acho que aguento uns 20 anos", completou. Repetiu a piada com algumas outras pessoas.
Harmonia do grupo
Mesmo jogadores que não foram inscritos no Campeonato Paulista e que pouco têm contato com Carille fora dos treinos de campo, garantem: trata-se de um cara gente boa, agregador. Dos atletas que não ganharam nenhuma chance no ano, o volante Cristian foi o único a reclamar. Fora dos planos de Carille desde o ano passado, o jogador foi convocado para uma conversa franca com o técnico e ouviu que ele seria afastado, em decisão tomada em conjunto com a diretoria.
Pouco usado desde janeiro, mas titular na decisão deste domingo contra a Ponte Preta, o volante Paulo Roberto garante que semanalmente ouvia uma palavra de incentivo de Carille: "Siga trabalhando que uma hora a chance chega". Sem jogar há oito partidas, o também volante Fellipe Bastos foi outro jogador que encarou o banco com naturalidade.
Sempre bem-humorado, é visto pelo elenco como uma peça decisiva no dia a dia do grupo, por incentivar os companheiros no dia-a-dia e antes dos jogos decisivos.
Como venceu o jogo de ida, em Campinas, por 3 a 0, o Corinthians pode perder por até dois gols de diferença que mesmo assim levanta a taça de campeão paulista neste domingo.
Veja as informações da decisão:
Local: Arena Corinthians, em São Paulo
Data e horário: domingo, às 16h (de Brasília)
Escalação provável do Corinthians: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Paulo Roberto; Jadson, Camacho, Maycon e Romero; Jô
Desfalques do Corinthians: Gabriel e Rodriguinho (suspensos); Giovanni Augusto (lesão no tornozelo esquerdo)
Escalação provável da Ponte Preta: Aranha, Marllon, Kadu (Yago) e Reynaldo; Nino Paraíba, Fernando Bob, Elton (Renato Cajá) e Artur; Lucca, Clayson e Pottker
Desfalques da Ponte Preta: nenhum
Arbitragem: Leandro Bizzio Marinho apita, auxiliado por Tatiane Sacilotti e Miguel Cataneo
Transmissão: TV Globo para SP e PR (com Cléber Machado, Casagrande, Caio Ribeiro e Leonardo Gaciba) e SporTV (com Milton Leite, Wagner Vilaron e Maurício Noriega)
Tempo Real: GloboEsporte.com, a partir das 14h
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23472 visitas - Fonte: Globo Esporte
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é carille pode não cer o melho mais está fazendo um bom trabalho e vamos ser campeã brasileirão vê coantas Vitória temos e derrota igualou com o titi
essas emissora são tudo falso fala demais não vejo esse técnico isso tudo.so pq tem uma sorte de ganhar um estadual já que se engrandecer.cuca e Tite esse é o cara
hoje é Corinthians,mano
vai corinthians é nois!
e nois
hoje jogamos p ser campeão,enquanto o Elias q beijava a camisa ,foi ,e voltou p o galo. Mais um mercenário que não deve ser idolatrado. logo no
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Esse Carille vai um dos melhores treinadores do Brasil
S grande treinador carrinho e pergunta se ele pode mandar uma foto para mim para mim fazer um quase guardar de lembrança