5/5/2017 14:03
Heróis de 1977 reconstroem gol que encerrou jejum de títulos do Corinthians; vídeo
A convite do Globo Esporte SP, Zé Maria, Wladimir, Vaguinho e Basílio se reuniram no Parque São Jorge para reconstruir, 40 anos depois, o gol histórico de Basílio contra a Ponte Preta
A convite do Globo Esporte SP, Zé Maria, Wladimir, Vaguinho e Basílio se reuniram no Parque São Jorge para reconstruir, 40 anos depois, o gol histórico de Basílio no terceiro jogo final do Campeonato Paulista de 1977, contra a Ponte Preta. A cena foi repetida inúmeras vezes nas últimas décadas, mas ainda emociona: Zé Maria cobra falta da lateral direita do ataque, Basílio desvia de cabeça, Vaguinho chuta de esquerda no travessão, Wladimir cabeceia a bola na cara de Oscar e Basílio, finalmente, chuta de direita, no canto esquerdo de Carlos.
– Nossa Senhora! Arrepia! – diz Zé.
Os demais também voltam ao passado. Basílio ri do esforço que Wladimir fez na cabeçada.
– Quase que você furou a bola aí, hem! Fez tanta força, pô!
Zé Maria: “Ele escolheu o canto e jogou em cima do Oscar”
Wladimir: “Meu medo era tirar demais a bola e jogar na lateral...”
(gargalha)
Basílio: “Oscar aparece, ele está no chão e levanta, ele está indo em direção onde você (Wladimir) estava, escorrega e levanta, e a bola bate na cabeça dele.”
Wladimir: “Pô, passei uma semana com dor no pescoço de tanta força... (risos)”
Zé Maria: “Ah, tá bom, é o Baltazar, Cabecinha de Ouro... Brincadeira, ouviu, rapaz!”
Todos gargalham.
Basílio: “O Geraldão vinha sempre no segundo pau, Geraldão, você e o Wladimir. E eu resvalo ali no primeiro pau”.
Vaguinho: “Verdade, ele estava ali também. A bola passou um pouco e tive de chutar de esquerda, até que peguei bem na bola, ela pegou no travessão”.
Wladimir: “Tomar um gol aos 37 minutos do segundo tempo é duro, hem!”
Basílio: Eu tinha falado pro Dicá que 1 a 0 ali era pouco, no primeiro tempo já era pra ter virado 2 a 0 pra gente, perdemos um monte de gol.
quarteto caminha para a Fazendinha. O departamento de categoria de base já havia separado os uniformes que eles usariam na gravação.
Vaguinho se lembra de um momento tenso às vésperas da primeira final contra a Ponte Preta.
– Antes do primeiro jogo da final, o Brandão bateu no meu quarto, disse que queria falar comigo. Não acreditei, pensei: ‘Pô, ele vai me tirar do jogo’. Não deu outra. Ele começou assim: “Você não vai jogar, vou pôr o Basílio”. Eu falei: “Eu vou jogar, você não vai me tirar”. Ele bateu o pé, mas eu não queria saber, eu decidi que ia embora, não ia ficar. Pedi taxi pra ir embora na véspera da decisão... O Vicente Matheus ligou para a minha mulher e pediu pra ela falar comigo. Aí ela disse assim: “Olha, se você for embora e o Corinthians foi campeão, você vai se arrepender. Se o Corinthians perder o título, vão dizer que foi porque você foi embora”. No segundo jogo eu entrei no segundo tempo e aí na terceira partida, felizmente, entrei jogando. Eu estava com medo de ficar fora da foto do pôster...
No primeiro jogo, atuaram no meio de campo Ruço, Basílio e Luciano, com Palhinha, Geraldão e Adãozinho no ataque. Na segunda partida, o time se repetiu, com exceção de Adãozinho, que deu lugar a Romeu. No terceiro e decisivo jogo, enfim, começaram jogando Vaguinho, Geraldão e Romeu no ataque.
Ainda no estacionamento, antes de entrar no vestiário, o quarteto encontra o ônibus do Corinthians na época.
Zé Maria: “Cadê o caveirão?”
Vaguinho: “Rodou demais isso aqui, anos e anos andando nisso aqui... Barbaridade!”, gargalha.
Zé Maria: “Virou sucata já, né? Viajamos muito, para Rio Preto, Prudente, até pro Rio.”
Wladimir: “Hoje em dia não tem essa de torcida adversária apedrejar o ônibus.”
Zé Maria: “Tem de recuperar esse treco, é peça de museu. E o profissional agora? É brincadeira!”
No vestiário, brincam com as chuteiras cedidas pelo Corinthians para a gravação, leves e modernas.
– Na nossa época, era pesadona e as travas eram coladas com prego – diz Vaguinho.
– E a aparelhagem que tem pra fazer recuperação hoje em dia? Antigamente, era gelo, água quente, gelo, água quente... E a gente tinha que recuperar em casa mesmo, tinha uma meia orientação – lembra Zé, enquanto Basílio recebia mais uma ligação de jornalistas querendo marcar entrevista ou gravação.
– Eu precisei desligar o celular, não estava dando conta, é verdade! O celular não parou! – reclama Basílio.
O quarteto, enfim, entra em campo para recontar a história, um dos momentos mais belos dos quase 107 anos do Corinthians.
– Olá, eu sou o Basílio, esses são meus amigos...
– Eu sou o Zé Maria.
– Eu sou o Vaguinho.
– E eu sou o Wladimir.
– Nós vamos recriar toda a jogada que saiu o gol de 77 (Basílio).
Quarenta anos depois.
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