Jogadores comemoram vitória do Corinthians sobre a Ponte (Foto: Marcos Ribolli)

No Moisés Lucarelli, em Campinas, o Corinthians abriu uma grande vantagem na final do Campeonato Paulista. O Timão fez 3 a 0 na Ponte Preta e pode até perder por dois gols de diferença no segundo jogo da decisão, para ficar com a taça. Na opinião do comentarista Maurício Noriega, a única chance de a Macaca levar o troféu seria se a equipe do técnico Fábio Carille não entrar em campo em Itaquera, no próximo domingo, com a mesma seriedade.

- O Corinthians só perde esse título se avacalhar, se entrar com palhaçada no jogo de volta, fizer farra durante a semana, o que não é a cara do trabalho do Carille. O resultado que construiu aqui foi absolutamente categórico. Foi um time frio, calculista, cirúrgico. Em termos de estratégia, o Corinthians pegou um jogo com todas as características de final, com a Ponte querendo fazer caldeirão, pressionar, e o Corinthians jogou como se fosse um jogo de sexta rodada do Brasileiro de pontos corridos. Em termos de estratégia, de tática, foi absoluto para cima do time da Ponte Preta - disse Noriega.

Nas quartas de final e nas semifinais, a Ponte Preta eliminou Santos e Palmeiras, sempre vencendo a primeira partida, em casa. Mas, para Maurício Noriega, o Corinthians soube não dar espaços para a Ponte.
- O Corinthians tirou toda a velocidade do jogo da Ponte Preta. O Corinthians fica esperando o adversário, muito bem posicionado, com uma distância de, no máximo, 30 metros do Jô para a última linha defensiva. Só que, quando o Corinthians recupera a bola, com dois ou três toques puxa o contra-ataque. É um time muito bem programado, muito bem treinado e com uma confiança absoluta na capacidade defensiva que tem. Por isso se solta muito rápido no contragolpe.

O comentarista afirmou que a Ponte insistiu em bolas alçadas nas costas dos laterais do Corinthians, mas que a dupla de zagueiros do Timão não deixou a Macaca criar oportunidades dessa forma.

- Eles tentaram aquela inversão de jogo longa, para tentar aproveitar as costas dos laterais, o Arana e o Fagner, que são os mais baixinhos da defesa. Só que o Pablo e o Balbuena foram absolutdos nessas jogadas todas.