A cada decisão que o Corinthians enfrenta no mês de abril, reforça-se a tese de que a equipe treinada por Fábio Carille não precisa ter a bola o tempo todo nos pés para construir, ser eficiente e ganhar partidas. A vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, neste domingo, no Morumbi, representa a atuação mais completa da equipe alvinegra em 2017.
Defensivamente, mais uma partida segura. Ofensivamente, enfim, uma partida em que o time soube levar perigo, aproveitar suas chances e mostrar que não estava no Morumbi só para esperar o rival jogar. A chave de tudo isso? Um maior índice de acerto nos passes.
Desde o início de seu trabalho, em janeiro, Fábio Carille pregava conceitos semelhantes aos de Tite: defesa forte, transição rápida para o ataque, com triangulações, jogadas rápidas e infiltrações. Faltava acertar o pé. Aos poucos, o time ganha sintonia nesse quesito.
O clássico foi o jogo com menos erros de passes do Corinthians em abril. Nos dois jogos contra o Botafogo, pelas quartas de final do Paulista, na vitória sobre a Universidad de Chile, pela Sul-Americana, e no empate com o Internacional, pela Copa do Brasil, o time não errou menos de 50 passes por partida. Neste domingo, foram apenas 37. E um índice de 90% de acerto.
Com uma semana considerada “maravilhosa” por Carille, o Timão está perto da final do Paulista e decide vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil nesta quarta-feira, contra o Inter, em Itaquera – o jogo de ida terminou empatado por 1 a 1.
Um time ideal
Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô. É com essa formação que Carille pretende levar o Corinthians às grandes decisões do ano. Um 4-2-3-1, com Rodriguinho mais próximo de Jô, Romero aberto pela esquerda, e Jadson começando pela direita, mas também atuando por dentro.
Sem a bola, duas linhas de quatro jogadores, com Rodriguinho e Jô mais avançados, pressionado zagueiros e volantes. A cartilha do Corinthians não é complicada, mas é eficiente por causa do comprometimento e intensidade prometidos por Carille desde seu primeiro dia de trabalho. Essa entrega faz o Timão engrossar qualquer jogo, mesmo fora de casa.
Com o passe calibrado, fica mais fácil. Bem armado, o Corinthians levou perigo ao rival desde os primeiros minutos graças às triangulações. A primeira delas, com Jadson, Romero e Fagner, é típica de anos anteriores do Timão, sob comando de Tite. Com passes certeiros e verticais, a equipe pareceu mais pronta para jogar de igual para igual.
Para ser assim, lembre-se, o Corinthians não precisa ter a bola o tempo todo. A posse foi de 38%, contra 62% do São Paulo. A diferença para jogos passados é que o time de Carille foi certeiro quando encontrou espaços (muitos) na defesa adversária.
Rodriguinho, jogador mais móvel do Timão, deu passe perfeito para Jô abrir o placar ainda no primeiro tempo. Um passe vertical, entre os zagueiros, que quebrou a marcação. Jô, aliás, estava em posição duvidosa.
Com a vantagem no placar, bastou se fechar ainda mais e esperar erros do São Paulo, que se lançou ainda mais para tentar o empate. Um erro de passe de Júnior Tavares, uma sequência de acertos do Corinthians e um chute de Rodriguinho decretaram o 2 a 0. Uma jogada construída, aproveitando a superioridade numérica e, principalmente, tendo precisão nos passes.
No segundo tempo, mais morno, o Corinthians escolheu não correr riscos. Conseguiu controlar a maior parte do jogo, ainda que sem a bola, e soube sofrer pressão quando necessário. Cada vez mais cascudo, o Timão está pronto para decidir e buscar o título paulista.
chupa Bicharada eu sei que vcs gostam,vai corinthians!!!
vai Corinthians vamos ser campeão, chupa bambis...