A inscrição de Léo Jabá, de 18 anos, no Paulistão, foi um sopro de alegria aos torcedores do Corinthians que acompanhavam a trajetória do atacante nas categorias de base. Comparado a Paolo Guerrero desde o sub-17, ele chegou ao profissional cercado de expectativas.

Após nove jogos em 2017 e nenhum gol marcado, porém, já começa a despertar desconfianças. 

Escalado por Fábio Carille como o jogador aberto pelo lado esquerdo nos esquemas 4-1-4-1 ou 4-2-3-1, o jovem correspondeu bem nos jogos contra Audax e Palmeiras, mas depois caiu de rendimento.

No 1 a 1 com o RB Brasil, fez novo jogo abaixo do esperado, sendo criticado.

Bastante sincero, ele concordou com a torcida, mas pediu tempo para atingir o melhor patamar:

– Tenho muito que melhorar ainda, me soltar, isso é aos poucos, com sequência de jogos e ritmo você começa a fazer seu melhor futebol. Tenho muito a mostrar. Tenho a confiança de todos, dos atletas, da comissão e da diretoria, é ter paciência que vai ao natural. Estou acostumado com a pressão desde a base. Não fico triste, não ligo. Fico feliz. Se me cobram, é porque acreditam em mim. Quando não der na técnica, vou na raça – disse o jogador.

Diante do RB, ele até balançou a rede de cabeça após rebote de Saulo em chute de Rodriguinho, mas a arbitragem assinalou impedimento .

Quem sabe esse gol não sai no domingo, contra o ex-clube? – brincou o garoto, sobre o clássico contra o São Paulo, no Morumbi, pela 11ª rodada do Paulistão.

Natural de Santo André, Jabá iniciou no futebol na base do São Paulo. A distância para o CFA de Cotia, porém, obrigava que ele acordasse muito cedo, o que começou a atrapalhar os estudos. Convidado a treinar no Timão aos 11 anos, optou por fazer a troca de rival.

A tendência, porém, é que Jabá volte ao banco de reservas contra o Tricolor, dando lugar ao garoto Pedrinho, que deve formar o trio com Rodriguinho e Jadson. Em entrevista coletiva, Carille disse considerar normal o momento vivido pelo atacante.

– Esse processo é natural de jogador para jogador, Jabá é muito jovem, fiz questão de abrir espaço para ele no início do ano. Fez três bons jogos, contra Palmeiras, Mirassol e Santos. Nos últimos teve dificuldades, mas é normal oscilar, Pedrinho pode passar por isso também. Pedem para lançar, mas as vezes o resultado não é imediato –  analisou o treinador.