7/3/2017 08:01

Desafio de Jadson no Timão é repetir 2015: "Esperam que eu faça o mesmo"

Jogador diz que a dificuldade do retorno é ter de ser protagonista de imediato. Calejado pela carreira, ele elogia o empenho do grupo e projeta muitos anos no Timão

Desafio de Jadson no Timão é repetir 2015:
O maior desafio de Jadson no Corinthians é ser Jadson. Ou, pelo menos, aproximar-se o máximo possível do desempenho obtido em 2015, no ano do hexacampeonato brasileiro, quando gols e assistências decisivas o elevaram à condição a ídolo da Fiel.

De volta ao clube aos 33 anos, após um ano na China e ainda um pouco distante da condição física ideal, o jogador admitiu, em entrevista ao GloboEsporte.com, que vê mais dificuldades do que facilidades no reinício no Timão por conta da necessidade de protagonismo imediato. Está muito viva na memória do torcedor a excelente primeira passagem do atleta pelo Timão.

– Acho que é um pouco mais difícil voltar desse jeito. Em 2015 saí muito bem, as pessoas estão com uma expectativa muito grande em cima de mim, elas esperam que eu faça a mesma coisa. Estou focado e me preparando para isso, mas as coisas, às vezes, podem acontecer de outra forma. Mas com trabalho sério, me esforçando e dedicando, vou conseguir bons resultados.

Motivado e se sentindo desafiado, Jadson diz que o empenho e a dedicação dele e de seus colegas serão fundamentais na busca por títulos neste ano, como ocorreu nas vitórias sobre Palmeiras e Santos, neste Paulistão.

Dizendo-se calejado pelas experiências da carreira, ele projeta um Timão forte nos mata-matas do Paulistão e da Copa do Brasil, competição pela qual enfrenta o Luverdense nesta quinta, às 21h30 (horário de Brasília), em Cuiabá. Será o confronto de ida pela terceira fase.

Com dois anos de contrato pela frente, Jadson diz que já não tem planos de retornar ao futebol europeu (jogou no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia), o que pode prolongar sua história no Timão.

– Tenho condições de fazer uma história bacana no Corinthians – disse o meia, que soma 105 jogos e 24 gols com a camisa alvinegra.

Confira a entrevista completa com Jadson:
GloboEsporte.com: Você surpreendeu a todos ao atuar por 90 minutos contra o Santos, no último sábado. Como está fisicamente? Perto do ideal?
Jadson: Falaram que seria um mês de preparação e em três semanas fui para o jogo. Estão dosando o trabalho comigo, falaram que eu jogaria 60 ou 70 minutos, mas no intervalo falei para o (técnico Fábio) Carille que eu estava bem, que se acontecesse alguma coisa eu dava um toque, mas foi rolando o jogo e aguentei. Não foi a mesma intensidade do primeiro tempo, mas ajudei na parte tática, na marcação. Faltou um pouco de criação no segundo tempo da minha parte porque no final me faltou um pouco de perna, mas é com jogos que se ganha ritmo.

As pessoas estão com uma expectativa muito grande em cima de mim, elas esperam que eu faça a mesma coisa (que em 2015)

Como convive com a pressão pelo protagonismo no Corinthians?
Estou me preparando para isso. Sei da minha responsabilidade por ser um cara mais experiente. Tem outros mais experientes que eu, como Danilo, alguns da casa como Fagner e Cássio, que têm uma história no clube, tem o Rodriguinho, todos que são mais cascudos podem ajudar também. Quero ajudar da melhor maneira, com assistências e gols, como fiz em 2015.

E como isso mexe com a sua cabeça?
Me dá motivação, é um desafio. Ainda tenho alguns desafios pessoais e voltar para o Corinthians é mais um. Não vou chegar e me acomodar, vou dar o meu melhor. Muitos jogadores queriam vestir essa camisa, tenho esse privilégio. Pretendo ajudar a equipe dando alegria para a torcida.

Quais desafios você tem na carreira?
Manter o alto nível neste ano é um dos desafios pessoais. E tenho alguns sonhos que é melhor deixar abafado, mas estou trabalhando para consegui-los.

Aos 33 anos, ainda projeta voltar para a Europa em algum momento?
Não, agora não. Já passei sete anos e meio na Ucrânia (Shakhtar Donetsk), voltei para o Brasil e tive uma experiência na Ásia (Tianjin Quanjian, da China). Meu pensamento é ficar no Brasil, construir uma história no Corinthians como muitos já fizeram. Meu foco hoje é no Corinthians.

Participei em 2015 de alguns mata-matas, não fui feliz neles, tanto no Paulista como na Libertadores. Mas quando a gente passa por essas experiências, fica mais calejado

Danilo chegou ao Corinthians em 2010 e segue no clube até hoje.

Acha que é possível acontecer com você?
Danilo é um caso à parte, vencedor por onde passou, tem uma história dentro do clube, foi campeão da quase tudo, um cara que levo como exemplo pela forma que trabalha, como trata as outras pessoas, tento segui-lo. Não sei o que pode acontecer, mas é ter pés no chão e a certeza de que se eu me dedicar tenho condições de fazer uma história bacana no Corinthians.

Desde que você saiu, fala-se na sua volta ao Corinthians. Você sabia que ia voltar, né?
Era minha vontade. Até brigaram comigo na China, pois queriam que eu trocasse a imagem do meu Twitter (uma foto com a camisa do Corinthians), mas falei que não ia trocar e eles ficaram bravos comigo. A forma como o Corinthians abriu as portas para mim e como a torcida me acolheu. Ficou um carinho enorme. Mesmo de longe eu fiquei na torcida. Era minha preferência, deixei claro para o meu empresário. Estou de volta para casa, estou feliz.

Essa coisa de redes sociais, aliás. É você mesmo quem mexe?
Eu que mexo naquele negócio (Twitter), não sei mexer muito bem, mas dou uma fuçada. Instagram e Twitter sempre sou eu, não deixo ninguém mexer, se aparecer alguma coisa não vou falar que foi meu primo não (risos)
Gosta da interação? A resposta ali é imediata...

Mesmo perdendo pênalti (contra o Brusque-SC), vi várias mensagens de apoio, isso me deixou muito feliz. Às vezes, entro para ver os comentários e interajo, é bacana o jogador fazer isso. O torcedor precisa disso, esse pequeno gesto deixa ele muito feliz.

Por falar em gesto, o que a torcida fez com Tite no clássico contra o Santos achamou a atenção. Como viu aquela homenagem na Arena Corinthians .

O Tite no Corinthians é um fenômeno, ganhou tudo, trabalhou muito sério, foi um prazer para mim trabalhar com um cara desse nível. É merecedor do que fez no clube e do que está fazendo na Seleção. Torço muito por ele, e o torcedor do Corinthians sabe o que ele fez. Isso que fizeram, de gritar o nome dele, é reconhecimento ao trabalho, pela história dele e pelo homem que é.

E o time do Fábio Carille? Falavam que era a quarta força do estado, mas é o time com mais pontos no Paulistão (18) e que já venceu dois clássicos. Não é um patinho feio, né?

Clássico às vezes pode até ter favoritismo no papel, mas depois que a bola rola muda tudo. O Corinthians tem mostrado uma força, empenho e dedicação. Às vezes, pode até faltar um pouco da parte técnica, mas a gente sobressai na vontade. A equipe está ganhando de 1 a 0, 1 a 0, 1 a 0, mas o mais importante são os três pontos. É com a vitória que vem a confiança.

Veja a classificação do Paulista
O último título do Corinthians em competição eliminatória foi em 2013, no Paulistão. Acha que será desse empenho e dedicação que o time precisará para vencer jogos decisivos?

Se a equipe entrar focada, com todo mundo sabendo o que tem de fazer na parte tática, algo que o Carille tem trabalhado, temos grande chance de competir com igualdade. Quando chegar o mata-mata, nossa equipe tem que estar preparada mentalmente, pois muda tudo. Participei em 2015 de alguns mata-matas, não fui feliz neles, tanto no Paulista como na Libertadores. Mas quando a gente passa por essas experiências, fica mais calejado para as próximas. Estou calejado e pretendo passar isso aos mais novos.


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17589 visitas - Fonte: Globo Esporte

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Esse sim merece a 10 e não uns caras igual ao Guilherme q nem merece vestir o manto sagrado do timão o cara nem sabe nada do corinthians manda esses pernas de pau embora

boa jadson repete mesmo 2015 raca timão você é tradição

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