Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez disse que “previu” o afastamento entre Paulo Nobre, mandatário do Palmeiras entre 2013 e 2016, e Mauricio Galiotte, que está atualmente à frente do cargo no rival.
– Apesar de muitos não acreditarem, isso é normal. Eu falei para o Nobre que a relação dele com o Galiotte não iria durar três meses. E não durou nem 30 dias. Parceiro você até pode ser, mas quando você assume, vai querer colocar a sua assessoria, o seu financeiro... o presidente saindo sente que vai mudar isso e aquilo, mas tem de ter consciência de que a administração será do próximo – afirmou Andrés, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Primeiro vice de Nobre nos mandatos anteriores, Galiotte mudou o perfil da administração em diversos aspectos, de maneira rápida. Demitiu médicos, fisioterapeuta, parte departamento de comunicação, e mudou o rumo das relações com a WTorre, administradora da arena, e com a patrocinadora.

Na opinião de Andrés, Nobre não deveria ter se indisposto com Leila Pereira, presidente da Crefisa, responsável por um investimento milionário no clube.

– Esse é um grande problema. Você encontra alguém disposto a colocar até R$ 100 milhões por ano no clube e começam a brigar por qualquer coisinha. Isso não pode, afasta as empresas. Não é por acaso que só temos sete ou oito que estão no ramo do futebol. Não pode se indispor com quem colocar R$ 100 milhões no clube – argumentou.
Enquanto Nobre comandava o clube de sua sala na Academia de Futebol, o atual presidente mantém forte laço com os associados. Na sede social, Galiotte participa do dia a dia palmeirense e utiliza parte do prédio administrativo do Verdão, que foi reformado recentemente com verba arrecadada entre os sócios.