Esperançoso em justificar o investimento que o Corinthians fez para tirá-lo do Atlético-MG nesta temporada – era visto como o substituto de Jadson –, o meia Giovanni Augusto busca inspiração em atletas que demoraram a vingar no Corinthians para ser bem-sucedido em 2017.

“Posso pegar o exemplo de outros jogadores que foram mal no primeiro ano de Corinthians, mas se destacaram e melhoraram no segundo, virando ídolos e acabando vendidos”, comentou Giovanni Augusto, sem perder a paciência com a sua situação. “Estou tranquilo, em um lugar que amo. Acordo todos os dias feliz para ir trabalhar”, garantiu.

Giovanni não nomeou quem lhe serve de exemplo, mas tinha em mente atletas como o meia Renato Augusto e os zagueiros Leandro Castán e Felipe, que enfrentaram críticas antes de conquistar os torcedores.

O discurso de Giovanni Augusto já foi utilizado por dirigentes e membros da comissão técnica do Corinthians na análise do fracasso da equipe em 2016. Para eles, os jogadores contratados para amenizar o desmanche do elenco campeão brasileiro em 2015 precisam de tempo para entrosamento e adaptação ao clube do Parque São Jorge.

Ao contrário de alguns desses reforços, Giovanni Augusto chegou a entusiasmar no início de sua trajetória como corintiano, arrancando elogios de Tite, seu ex-treinador. O jogador, contudo, enfrentou problemas físicos e piorou tecnicamente no decorrer da temporada, a ponto de parar na reserva. Encerrou o ano com 53 jogos disputados, seis gols marcados e recuado para a contenção do meio-campo.

“Comecei muito bem, mas perdemos alguns jogadores de referência, o nosso treinador”, lamentou Giovanni Augusto, evitando maiores justificativas. “Todos sabemos que sempre dá para fazer algo a mais, melhorar”, conscientizou-se.