Companheiro do centroavante Isaac nos tempos em que ambos estavam nas categorias de base do Botafogo-SP, o meia santista Vitor Bueno estranha o fato de o amigo jamais ter atuado pelo Corinthians. A última chance para entrar em campo será contra o Cruzeiro, neste domingo, pela rodada final do Campeonato Brasileiro, uma vez que o contrato do jovem atleta expirará em 31 de dezembro.

“Além de ser um excelente jogador, o Isaac é um amigo. Torço muito pelo sucesso dele. Sabemos como é o Corinthians, a pressão de jogar lá. Não sei por que ele ainda não jogou. Acredito que poderia ter recebido algumas oportunidades”, comentou Vitor Bueno, em conversa com a Gazeta Esportiva.

Apesar de advogar em nome do amigo que fez em Ribeirão Preto, o jogador do Santos é comedido. Ele evitou de todas as formas entrar em polêmica com o Corinthians, grande rival do clube da Vila Belmiro, que sofreu para encontrar um atacante de referência nesta temporada.

“Não sou dono da última palavra. É o Corinthians que decide. Só deixei bem claro que torço muito pelo sucesso dele e que tenho certeza de que ainda brilhará muito”, previu Vitor Bueno, ainda mais cauteloso ao ser questionado sobre as virtudes de Isaac que poderiam ser úteis ao time do ex-santista Oswaldo de Oliveira. “Não sei, cara. Você está fazendo a pergunta para o cara errado. Só estou respondendo o que acho dele como jogador. É o treinador deles quem tem que decidir isso.




Vitor Bueno ainda falou sobre outro atleta com quem jogou no Botafogo-SP – o lateral direito Gimenez, uma das 71 vítimas fatais do trágico acidente com o avião que levava a Chapecoense a Medellín para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.

“Joguei dois anos com ele. Recebi essa notícia com muita tristeza. Fiquei muito abalado. Só posso pedir a Deus que proteja e cuide da família dele. Éramos amigos. Ele, inclusive, jogaria a minha partida beneficente na minha cidade (Monte Alto). Por conta da tragédia, o jogo não vai mais ocorrer. Ficamos chateados, mas é a lei da vida. Temos que seguir em frente”, concluiu Vitor Bueno.