O técnico Oswaldo de Oliveira reconhece a importância de derrotar o Atlético-PR na noite deste sábado, às 21h (de Brasília), no estádio de Itaquera, e arrancar rumo a uma vaga na Copa Libertadores da América do ano que vem. O treinador, porém, procura diminuir a empolgação da torcida e não condiciona a sua permanência à conquista de um posto no torneio continental.

“Quando um clube repetidamente disputa a Libertadores, há sempre uma sensação de quarta-feira de cinzas quando não se disputa”, analisou friamente o comandante da equipe, que tem 54 pontos, um a menos que o adversário deste final de semana. Para ele, o planejamento tem que ser feito independentemente do que acontecer nas duas últimas rodadas do Brasileiro.

“Mas, de qualquer maneira, temos de formar uma equipe forte. O time sofreu muitas transformações na parte mais importante da equipe, jogadores com experiência e qualidade que levaram aquele trabalho do ano passado. Procuro planejar sem pensar em classificação ou não. Existe um fator de motivação, no entanto, se nós conseguimos nos classificar”, avaliou Oswaldo.

Contratado no meio de outubro, ele substituiu o então interino Fábio Carille, que cumpriu 45 dias no cargo após a demissão de Cristóvão Borges. Por isso, o comandante repetidamente se nega a assumir total responsabilidade pelos maus resultados e a dificuldade de se garantir na Libertadores, mesmo com a abertura de seis vagas para a competição.

“Como a gente está terminando uma temporada, muita coisa a gente está dando uma oportunidade. E eu, paulatinamente, tenho colocado uma situação a mais. Claro, porém, que só vai ser mais contundente a partir de janeiro, quando a gente for formatando e desenvolvendo. Isso vai depender também do elenco que tivermos para trabalhar. Estamos desenvolvendo, terminando essa primeira fase e dando tempo ao outro”, explicou.

Parte importante desse planejamento, os jovens jogadores do elenco têm boas chances de atuarem já na dupla de jogos decisivos que o time tem pela frente. Já experimentados sob a batuta de Oswaldo, Léo Santos e Léo Jabá são as duas principais esperanças para 2017.

“Estou torcendo para que eles possam atuar o máximo possível. O jogo passado se apresentou para a entrada do Jabá, por exemplo. Era algo que vinhamos projetando e tivemos a oportunidade. Fiquei surpreso com a capacidade dele de puxar contra-ataque, ser voluntarioso. Confiamos bastante nele”, concluiu.