O meia Marlone vive um momento especial no Corinthians após passar por novas contestações durante o último mês. Melhor jogador e autor do único gol da vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, na segunda-feira, no estádio de Itaquera, ele celebrou a resposta às críticas dada dentro de campo, tudo isso em meio a um turbulento ambiente de crise política no Corinthians.

Alheio aos problemas fora das quatro linhas, o jogador assegurou que nem o atraso no pagamento dos salários, revelado durante a última semana, atrapalhou o rendimento dos corintianos para os últimos jogos do Campeonato Brasileiro.

“Para ser bem sincero, isso não nos afeta muito. É uma parte que não cabe a nós resolver. É para os conselheiros. Estamos focados em classificar para a Libertadores. Não afeta muito. Nossa parte é mesmo dentro das quatro linhas, ser profissional. Temos de focar no nosso trabalho. Esse jogo de agora nos deu um ânimo pela classificação”, afirmou o atleta, em entrevista concedida durante o treino desta terça, no CT Joaquim Grava.

A animação dos alvinegros se deve ao fato de, mesmo com uma campanha errante no segundo turno da competição, o Timão depender apenas dele para assegurar uma vaga na Copa Libertadores da América de 2017. Para que isso aconteça, basta vencer o confronto direto contra o Atlético-PR, no sábado, às 21h (de Brasília), no estádio de Itaquera, e o Cruzeiro, na última rodada, fora de casa.

“Falar desse jogo do fim de semana é falar de uma final. O Atlético também briga por vaga, é confronto direto. Já estamos vivendo esse jogo desde ontem (segunda), estamos mentalizando essa grande decisão. Uma classificação na Libertadores, vencendo no sábado, muda muitas coisas. Corinthians sempre foi de brigar lá em cima. Uma vitória dá uma confiança”, assegurou.

Para Marlone, o fato de ter decidido o embate contra o Internacional também lhe dá um moral que faltava nos últimos embates. Após alegar cansaço pela sequência de jogos sob a batuta de Cristóvão Borges, ele fez questão de ressaltar seu desempenho pré-Oswaldo para justificar a necessidade de descanso.

“Ser decisivo, ter boas atuações e ajudar a equipe com certeza auxilia de alguma forma. Sempre quando joguei no Corinthians, tentei agarrar a oportunidade. De 15 gols do Corinthians antes da chegada do Oswaldo, participei de oito. Vinha numa crescente. Estou aí para ajudar a equipe. Quero estar sempre jogando e ser titular, qualquer um quer ser”, concluiu.