Uma comissão formada para acompanhar o trabalho de auditoria da Arena Corinthians deve ser dissolvida nos próximos dias porque seus próprios membros a veem sem função.

Criada em março, essa comissão do Conselho Deliberativo do clube teve pouquíssimo acesso a documentos da construtora Odebrecht. A auditoria deve terminar ainda em novembro

São cinco os conselheiros responsáveis pelo acompanhamento do trabalho: Carlos Antônio Luque, Newton Davi Ferrari, Antônio Roque Citadini, Emerson Piovezan (atual diretor financeiro do clube) e Flávio Adauto (novo diretor de futebol). Adauto fez críticas à Odebrecht.
– A comissão tinha como objetivo receber as informações e repassá-las ao Conselho, mas nasceu inócua, praticamente morta – disse Flávio Adauto.

– Por quê? Tínhamos a expectativa de ouvir os responsáveis pela obra. Quem? A construtora que fez o estádio. Acontece que por eles estarem sendo investigados pela a Lava Jato, em nenhum momento acolheram nossos pedidos. Eles tinham um interesse maior. Se fossem falar, não iriam falar para cinco conselheiros do Corinthians. Decidiram que, se tivessem de falar, falariam como delação premiada – completou o diretor de futebol.

Com ou sem a comissão, o clube promete cobrar da construtora tudo o que não estiver em conformidade com o que foi estabelecido em contrato no início da obra. Um posicionamento oficial só será estabelecido pelo presidente Roberto de Andrade depois que a auditoria acabar.

Enquanto isso, a Arena Corinthians vem sendo afetada por escândalos. O último deles envolve a Odebrecht e fornecedoras – contratos indicam que as duas partes dividiam dinheiro que deveria ter sido aplicado na obra.