Corinthians e Jô estão muito próximos de anunciar um reencontro. O clube só depende de pequenos detalhes financeiros para confirmar a contratação do centroavante, que deve chegar a São Paulo até sexta-feira para fazer exames médicos e assinar contrato.

A ideia é fazer uma programação para Jô treinar e recuperar sua melhor forma no Corinthians até o fim do ano. Assim, ele estaria pronto para a pré-temporada em janeiro, quando o elenco vai aos EUA para disputar o Torneio da Flórida.

Atualmente, Jô mantém uma rotina de trabalhos no Atlético-MG, clube que defendeu de 2012 a 2015. Ele voltou da China em junho, onde atuava pelo Jiangsu Suning – a equipe excedeu o limite de estrangeiros e optou por liberar o atacante.

– Nunca estive tão próximo de voltar como agora. Vejo uma proximidade maior pela questão do meu contrato, antes era mais complicado pelos contratos longos que eu tinha. Como estou com essa possibilidade de estar livre, fica mais fácil. As coisas estão caminhando, as conversas estão adiantadas, a possibilidade é grande – afirmou Jô.
O Corinthians, com Oswaldo de Oliveira no comando, encara a contratação como uma oportunidade. O técnico já deu o aval, e o clube tem seus motivos para apostar no reforço. Aos 29 anos, Jô está muito perto de voltar à equipe que o revelou para o futebol.

Veja abaixo cinco motivos para a contratação:
CUSTO ZERO
O atacante já acertou os termos de sua rescisão com o Jiangsu Suning e está livre para assinar com qualquer clube. Dessa forma, o Corinthians evita gastar com a transferência – apenas com os salários, que são considerados acessíveis para a atual realidade do clube. Gustavo, por exemplo, chegou do Criciúma por cerca de R$ 4 milhões por 35% de seus direitos econômicos. O centroavante não fez gols até o momento.

IDENTIFICAÇÃO
Revelado pelo Timão em 2003, Jô é o jogador mais novo a ter atuadopela equipe profissional – com apenas 16 anos. É também o jogador mais novo a fazer um gol pelo Corinthians, naquela mesma temporada. Campeão brasileiro em 2005, ele tinha o carinho da torcida justamente por ser prata da casa. Ele deixou o clube com 115 jogos e 18 gols. Adaptação não será problema.

EXPERIÊNCIA
Depois do Corinthians, Jô foi para o CSKA Moscou, da Rússia, e rodou o mundo: Inglaterra (Manchester City e Everton), Turquia (Galatasaray), Emirados Árabes Unidos (Al-Shabab) e China. Teve bons momentos também no Internacional e no Atlético-MG, onde foi campeão da Libertadores de 2013 ao lado de nomes como Ronaldinho Gaúcho. Pela seleção brasileira, participou do título da Copa das Confederações de 2013 e entrou em três partidas da Copa de 2014 – do banco de reservas, viu a derrota por 7 a 1 para a Alemanha.

FATOR OSWALDO
O técnico gosta do futebol de Jô desde os tempos de Corinthians. Quando assumiu o comando do time pela segunda vez, em 2004, Oswaldo de Oliveira deu moral a Jô e o escalou como titular no Campeonato Paulista e no início do Brasileirão. O atacante fez três gols no período e se firmou – Oswaldo cairia pouco depois, após uma derrota por 5 a 0 para o Atlético-PR.

DISPUTA POR POSIÇÃO
Hoje, Gustavo é o único centroavante do elenco. Jô tem características parecidas e atende a um requisito que o clube tem desde os tempos de Tite: pelo menos dois jogadores de nível parecido por posição. A ideia é montar um elenco mais robusto, principalmente em caso de classificação para a Taça Libertadores de 2017.