A passagem vitoriosa pelo Atlético-MG não fez com que Guilherme deixasse de lado a sua trajetória pelo rival Cruzeiro. Hoje no Corinthians, o meia voltará a enfrentar o clube que o revelou na noite desta quarta-feira, no Mineirão. E não esconde que a partida será especial, não apenas por valer a sobrevivência na Copa do Brasil.

“A gente tenta fazer com que um jogo contra um ex-clube seja normal. Só que nunca é assim para ninguém. Como também não seria normal, para mim, enfrentar o Atlético-MG”, comentou Guilherme, não se apegando à rivalidade mineira ao externar os seus sentimentos. “Sempre tive carinho pelo Cruzeiro, pelos amigos que ficaram lá – o Fábio, o Henrique, todo o estafe. Quando nos enfrentamos, falo com todos eles.”

A amizade, no entanto, não afeta o rendimento do corintiano Guilherme. “Há uma confusão nisso. Às vezes, as pessoas acham que a gente não vai jogar bem por ter carinho por determinado clube. Mas é impossível chutar a bola para fora. Muito ao contrário”, sorriu.

Após um início de trajetória conturbado no Corinthians, com cobranças de torcedores por não ter um estilo vibrante e incômodo pessoal por ficar na reserva, Guilherme também começou a encontrar um lugar para o clube em seu coração. O meia está animado com a chegada do técnico Oswaldo de Oliveira, que o projetou no Cruzeiro, e com os elogios recebidos após ser improvisado na função de centroavante.

“Quando estava lesionado, eu me preparei para retornar bem. Ficar fora foi chato, difícil, mas tirei proveito para analisar algumas coisas. Ainda estou abaixo fisicamente por ter ficado um mês fora, mas fiz dois grandes jogos e quero e posso mais”, avisou o ex-cruzeirense.

Sensação parecida
Bastante elogioso a Guilherme desde a sua chegada ao Corinthians, Oswaldo de Oliveira também fala com carinho sobre o período em que esteve no Cruzeiro. “Sempre é especial enfrentar o Cruzeiro. Através dos tempos, a gente aprendeu a respeitar muito esse clube porque sempre fez grandes equipes, com destaque no futebol brasileiro”, disse.