Willian Magrão conseguiu destaque com a equipe do Grêmio

Algumas experiências que ficam bem perto de acontecer mas que acabam não se concretizando podem levar ao questionamento sobre o teria acontecido se as coisas tivessem sido diferentes. O volante Willian Magrão carrega consigo uma história do tipo.

Depois da eliminação para o Tolima na primeira fase da Libertadores de 2011, o Corinthians acertou a venda do volante Jucilei para o Anzhi, da Rússia. O clube passou então a buscar um substituto para a posição. Quem estava na mira era justamente Willian Magrão.

"Eles queriam um volante, e o Tite me queria no Corinthians. Estava tudo certo, mas aconteceram alguns problemas internos lá. Não sei explicar o que aconteceu, mas o negócio não deu certo", conta o jogador ao ESPN.com.br.

"Estava no aeroporto em Porto Alegre indo para a São Paulo quando o meu empresário me ligou dizendo que não deu certo. Foi um pouco decepcionante, eu estava prestes a ir para um time do tamanho do Corinthians. Mas fiquei feliz no Grêmio."

O resto da história é conhecido. Aquele início de 2011 acabou precedendo uma das fases mais vitoriosas do Corinthians, que conquistou o Brasileiro naquele ano e a Libertadores e o Mundial no seguinte. A Willian Magrão, restou acompanhar à distância algo do qual poderia ter feito parte.

"São coisas do futebol. Não aconteceu porque Deus não quis", diz.

Na época em que isso aconteceu, ele estava no Grêmio, onde começou a trajetória profissional. Em 2012, saiu de lá e foi para a Ponte Preta. Passou ainda por Cruzeiro, Figueirense, Portuguesa, Boa Esporte e Náutico.

Hoje, aos 29 anos, não se incomoda em estar longe dos holofotes, em um clube novo no cenário do futebol nacional e que luta para um dia chegar à elite. A crença no projeto do Red Bull o ajuda neste sentido.

"O clube está crescendo e evoluindo. A estrutura é fantástica. Os times da Série B não têm a mesma estrutura que oferecem aqui. As pessoas que estão trabalhando lá merecem chegar aonde querem. Eles pensam grande, querem estar entre os melhores do país. Espero que chegue à elite o quanto antes", afirma Willian Magrão, que é capitão da equipe que disputa a Copa Paulista.

Um outro prazer que o Red Bull proporciona ao jogador é o fato de aparecer no videogame. Isso porque o clube é um dos brasileiros presentes na edição de 2017 do "Pro Evolution Soccer".

"Jogamos com nós mesmos. Foi uma surpresa. Mas os caras poderiam me melhorar um pouco lá, né? Poderiam ter melhorado um pouco o pass e a velocidade, eu acabei ficando um pouco lento. Brincadeiras à parte, é algo gratificante demais", diverte-se o volante.

Willian conta que joga com o filho de quatro anos de idade e impõe uma condição. "Ele tem que jogar comigo, não vou deixá-lo usar o Cristiano Ronaldo ou o Messi. Do meu lado, ele joga com o Red Bull. Quando não estiver em casa, aí ele pode jogar com os outros", brinca.