Nesta quinta-feira (1º), o Corinthians completa 106 anos de existência. Confesso que eu e meus 20 anos vivemos apenas uma pequena, mas muito importante parte dessa história. E, a meu ver, tive sorte de poder acompanhar os momentos mais memoráveis deste time no futebol.



Com ‘memoráveis’, me refiro a momentos bons e ruins. E este texto é sobre um dos momentos mais decepcionantes da história do Corinthians: há quase nove anos, depois de um empate por 1 a 1 com o Grêmio e uma combinação dos resultados de outros jogos, o Timão foi rebaixado.

Sei que é um pouco triste ter escolhido este momento para lembrar dos 106 anos do alvinegro da cidade de São Paulo, mas vou explicar: eu tinha 11 anos quando o Corinthians foi rebaixado e, neste dia contra o tricolor gaúcho, eu estava no ônibus, ouvindo o jogo pelo rádio do finado MP3, enquanto voltava de um acampamento escolar. E, mais uma vez, confesso que nunca tive muito motivo para ser corintiana. Em casa, sou a única. Porém, neste dia, isso mudou.

Texto: Giullia Gusman/Torcedores.com



Foi a primeira vez que tive que segurar o choro por causa do futebol, mas, ao mesmo tempo, nunca senti tanta vontade de torcer ainda mais pelo Corinthians. E, por mais que estivesse na série B, eu sabia que continuaria assistindo aos jogos e torcendo para o Timão, não importava o que acontecesse. E ainda bem que eu o fiz, afinal, vamos combinar que, depois do rebaixamento, só tivemos grandes conquistas: Brasileiros, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial.

Apesar de todo o sofrimento durante aquele período turbulento na história do Timão, o dia 2 de dezembro de 2007 me mostrou o que era ser corintiana de verdade. E que nada pode vir fácil para nosso alvinegro, simplesmente porque, desta forma, não seria Corinthians. Não seríamos corintianos, maloqueiros e sofredores, graças a Deus! Essa é a magia que faz com que mais de 30 milhões de pessoas participem de um bando de loucos que se identifica tanto com o time.

Que estes 106 anos sejam muito celebrados nesta quinta-feira, porque o Corinthians merece. E que, nos próximos anos, eu deixe este texto para trás e continue a acrescentar glórias na história do Timão.