Jogadores ficaram boa parte da tarde trabalhando chutes a gol no CT Joaquim Grava (Foto: Tomás Rosolino/Gazeta Press)


Os jogadores do Corinthians reconheceram a superioridade do Grêmio na derrota por 3 a 0 para os gaúchos, no último domingo, mas ressaltaram o “caminhão de gols perdidos” pela equipe no embate em Porto Alegre. Tristes pelos erros frente a frente com o goleiro no final de semana, os atletas receberam como missão nesta quarta-feira, no CT Joaquim Grava, um treinamento bastante objetivo: finalizações a gol.

Na movimentação, que ocupou quase todas as duas horas reservadas para o treino, o técnico Cristóvão Borges dividiu os atletas de meio-campo e ataque em dois grupos, cada um trabalhando em uma metade de um dos campos do CT Joaquim Grava. Na primeira estavam Bruno Henrique, Elias, Marlone, Bruno Paulo, Rodriguinho, Luciano e Guilherme. Na segunda, Romero, André, Giovanni Augusto, Cristian, Camacho, Willians e Lucca.

A ideia era que os jogadores buscassem triangulações, com um atleta tocando para o pivô e correndo para o ataque. A referência então rolava a bola para outro companheiro, que tinha a obrigação de encaixar um passe em profundidade para o jogador que iniciou lance. Cara a cara com o goleiro, os corintianos, enfim, tentavam o melhor chute para conseguir balançar a rede.

Mesmo bem orquestrada, a atividade, rendeu talvez mais preocupações do que felicidade a Cristóvão Borges. Apesar do aproveitamento razoável apresentado por Rodriguinho e Elias, em uma das metades, os avantes mostraram uma pontaria muito abaixo das expectativas. O destaque negativo foi o centroavante André, praticamente sem conseguir vazar Cássio e Caíque França. Romero também não obteve muitos frutos. Já Lucca, reserva dos dois, foi o grande destaque pelo número de gols.

Enquanto isso, os jogadores de defesa também realizaram um trabalho específico. Todos os laterais e zagueiros do elenco foram colocados para se enfrentar. Os titulares Fagner, Yago, Balbuena e Uendel tinham a missão de sair jogando com passes curtos e afastar lançamentos longos do auxiliar Fábio Carille. Depois, testavam a recomposição defensiva, encarando Léo Príncipe, Léo Santos, Vilson, Pedro Henrique e Guilherme Arana.

Chamou a atenção o fato de os reservas da defesa serem os escolhidos para as ações de ataque, protagonizando cenas como Vilson tentando se infiltrar no meio da área como um centroavante, além de Léo Santos aparecendo como um elemento surpresa, no melhor estilo Elias.

A única ausência ficou por conta do meia Danilo, que fez tratamento na parte interna do CT para suas dores na panturrilha da perna direita. O armador não atua desde a vitória por 1 a 0 sobre o Internacional por causa do problema, mas tem boas chances de trabalhar normalmente no gramado até o duelo frente ao Vitória, marcado para segunda-feira, às 20h (de Brasília), no estádio de Itaquera.