Torcida corintiana usou sinalizadores no Pacaembu (Foto: Miguel Schincariol/Estadão Conteúdo)

O árbitro Dewson Santos, que apitou a partida entre Corinthians e Cruzeiro, na segunda-feira, relatou na súmula da partida o uso de sinalizadores por parte da torcida alvinegra no Pacaembu. De acordo com o relato, o uso do artefato aconteceu antes do início do jogo, sem causar atrasos, e no reinício após o intervalo, causando um atraso de seis minutos. O curioso é que o árbitro se refere ao Corinthians como "E.C. Corinthians"

A situação, porém, pode não trazer problemas para o clube paulista. Isso porque, na súmula, Dewson Santos colocou que o supervisor de segurança do Corinthians, identificado como Coronel Resende, encaminhou ao delegado da partida, Agnaldo Vieira, uma lista com nome e RG de três torcedores que teriam participado da ação. Um deles é menor de idade.

Normalmente, os casos envolvendo identificação dos responsáveis pelo ocorrido dentro do estádio não são passíveis de punição ao clube. De qualquer forma, se o STJD entender que vale a denúncia, o Corinthians pode ser julgado pelos artigos 191 e 206 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê multa ao clube de R$ 100 a R$ 100 mil (artigo 191) e multa de R$ 100 a R$ 1 mil por minuto de paralisação (artigo 206).

Árbitro citou na súmula, mas cometeu gafe com o nome do clube (Foto: Reprodução)

Confira abaixo o relato do árbitro Dewson Santos:

"Informo que antes da partida, na execução do Hino Nacional, torcedores do E.C. Corinthians que estavam na arquibancada utilizaram sinalizadores, onde o delegado do jogo e o comandante do policiamento na partida foram notificados sobre o fato ocorrido, não havendo atraso no início da partida. Já no reinício da partida, teve um atraso de 6 minutos em função do mesmo motivo citado acima. Convém informar que o delegado do jogo e o comandante do policiamento foram notificados novamente sobre o fato ocorrido. Após o término da partida, o Sr. Coronel Resende, supervisor da segurança do E.C. Corinthians, apresentou ao delegado da partida, Sr. Agnaldo Vieira, uma relação contendo o nome de três torcedores identificados pela polícia que participaram da ação acima citada."