Cristóvão Borges freia empolgação com a liderança
(Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians)

Vice-líder do Campeonato Brasileiro até a rodada passada, o Corinthians vinha colocando a pontuação do arquirrival Palmeiras como alvo a perseguir na tabela, jogando sem a pressão do favoritismo, diante de tantas mudanças no elenco e na comissão técnica, vivendo um momento até de "azarão" dentro da competição nacional. Agora na ponta da tabela, com 33 pontos, o Timão encara o Atlético-PR, nesta quarta, às 21h45, em Curitiba, sob nova perspectiva.

– Vai ter caça ao líder sempre. Espero que a gente seja caçado nas próximas rodadas – disse o lateral-esquerdo Uendel no mês passado, quando as atuações do Palmeiras vinham sendo exaltadas.

Irregular no início do Brasileirão com Tite após as eliminações no Paulistão e na Libertadores, a equipe começou a mudar de patamar quando deixou o 4-1-4-1 para atuar no 4-2-3-1. A saída do treinador para a seleção brasileira e a chegada de Cristóvão Borges, um técnico sem títulos no currículo, tornaram o futuro da equipe uma incógnita.

Logo na estreia, uma derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Desde então, porém, o treinador acumulou cinco vitórias e dois empates, em performance que surpreendeu os críticos. vem dando aula de regularidade.

– Não estamos jogando bonito esse ano, mas estamos na liderança. Se permanecer assim, está excelente. Sabemos que tem muita coisa para acontecer, está no meio do campeonato. Nas últimas rodadas queremos arrancar para sermos campeões – destacou o zagueiro Yago.

A distância para os vice-líderes Santos e Palmeiras é de apenas um ponto. Em relação ao Flamengo, quinto colocado, são apenas três pontos. A liderança, então, pode trocar de mãos nesta quarta-feira, caso o Timão perca. Por isso, Cristóvão pede que os jogadores sigam trabalhando com tranquilidade, sem se sentirem caçados.

– Sem entusiasmo nenhum. Ainda falta um turno. Um turno de Brasileiro é uma vida, muita coisa vai acontecer. Tem sete times que podem ganhar esse campeonato. É duro – disse o técnico