24/7/2016 07:49

Análise: Corinthians sofre para ter padrão e se distancia de era Tite

Empate por 1 a 1 com o Figueirense, neste sábado, mostra time com volume de jogo, mas pecando na defesa. Tropeços em casa fazem torcida chiar com Cristóvão

Análise: Corinthians sofre para ter padrão e se distancia de era Tite
Danilo faz gol salvador para o Corinthians; jogo poderia nem ter chegado a esse ponto (Foto: Marcos Ribolli)

O Corinthians de Cristóvão Borges troca mais passes, finaliza mais, levanta mais bolas na área. Mas tem encontrado dificuldades para fazer gols. Depois do empate por 1 a 1 com o Figueirense, sábado, em Itaquera, o Timão mostrou mais uma vez que, aos poucos, vai perdendo aquela organização típica dos tempos de Tite. Principalmente na defesa.

Volume de jogo não falta. Contra o Figueira, o Corinthians teve 67% da posse de bola, 17 finalizações, oito chances reais de gol, 23 bolas levantadas na área. O goleiro Thiago Rodrigues foi o principal nome em campo, com defesas difíceis que salvaram o Figueirense.

Até aí, tudo certo. O problema maior tem sido na defesa. Ela ainda é a melhor do Brasileirão, com 12 gols sofridos, mas vem falhando mais do que o normal. Ora na individualidade, ora na recomposição defensiva. O time correu muitos riscos em sua arena.

O empate levou o Corinthians aos 30 pontos na tabela do Campeonato Brasileiro, com possibilidade de ficar mais distante do líder Palmeiras. Se os erros não forem corrigidos rapidamente, título e G-4 serão tarefas mais complicadas.

O Corinthians volta a campo no próximo domingo, contra o Internacional, no Beira-Rio.

O jogo


André vira titular do Corinthians, mas sai da área para buscar jogo. Laterais vão bem no ataque

Principal preocupação de Cristóvão Borges, a posse de bola tem sido maior a cada jogo. O Corinthians terminou o primeiro tempo com impressionantes 71% de posse, contra 29% do rival, e oito finalizações. Faltou o ajuste fino na hora de concluir as jogadas. Um problema que perturba a equipe e irrita a torcida.

Com André, o Corinthians vai precisar de tempo para se adaptar a uma referência no setor ofensivo. Em vez de um atacante mais móvel e que sai da área, casos de Luciano e até de Danilo, o novo titular alvinegro joga fixo. Quando volta, é para fazer a “parede”, de costas para o gol, receber a bola e tocá-la de volta.

André tentou cumprir à risca essa função, mas ficou longe demais do gol e reduziu o volume ofensivo do Corinthians. Quando o Timão conseguiu se infiltrar, o tempo de inatividade pesou – Uendel cruzou para ele, sem goleiro, cabecear em cima de Pará. O centroavante não deu a direção certa à bola.

O Corinthians, então, passou a usar mais seus laterais. Até mesmo o estreante Léo Príncipe, que não sentiu o peso do jogo e se lançou à linha de fundo em mais de uma oportunidade – as triangulações com Romero e Giovanni Augusto funcionaram bem.

Do outro lado, Uendel tem sido soberano. Marquinhos Gabriel, porém, poderia render melhor pela direita, onde brilhou pelo Santos. Coisas que Cristóvão ficou de repensar.

Acertos e falhas

O segundo tempo começou justamente com a troca de posição de Marquinhos Gabriel, ponto chave para ser notado se o técnico quiser sucesso no ataque. Mais acostumado àquela faixa do campo, ele participou das ações ofensivas e deixou os companheiros na cara do gol. Um passe de calcanhar para Léo Príncipe, por exemplo, quebrou a zaga do Figueira e deixou o lateral livre para encontrar Romero na área. O paraguaio perdeu a chance.

Pouco depois, pelo lado esquerdo, outra triangulação envolvendo Romero, Rodriguinho e Giovanni Augusto. Thiago Rodrigues salvou o Figueirense. O Corinthians, porém, não consegue sustentar o padrão por muitos minutos, que dirá por um jogo inteiro. Assim, aos poucos, o time se espaçou, passou a agredir menos e foi castigado.

Um dos conceitos pregados por Tite em sua passagem foi o do "perde e pressiona". Aqueles primeiros segundos sem a bola, no qual o jogador que a perdeu tenta um combate inicial. Pois, aos 13 minutos, Dodô desarmou Marquinhos Gabriel e avançou por 20, 30 metros, sem marcação alguma. Já perto da área, Bruno Henrique, no desespero, tentou um combate e escorregou. Caminho livre para um golaço do jogador do Figueira.


Dodô rouba a bola, e Marquinhos Gabriel fica para trás; espaço livre para o Figueira fazer o gol (Foto: Reprodução)

A falta de padrão se escancarou após o gol. Cristóvão fez substituições questionáveis, tirando Rodriguinho e Giovanni Augusto para as entradas de Elias e Danilo. Este último, aos 37 anos, não rende mais como armador principal da equipe. Foram 20 minutos de um Timão sem qualquer esboço de reação.

Só aos 37 minutos é que Guilherme, talvez o jogador mais técnico do elenco, saiu do banco. Segundos depois, quando ele ainda se adaptava ao gramado, Danilo foi à área e, de cabeça, empatou – repetimos, na área, onde ele deveria ter entrado desde o início, no lugar de André.

O resultado não é bom e já levanta questões sobre o trabalho de Cristóvão. O técnico tem sofrido com oscilações do time em campo, mas está apenas em seu sétimo jogo. Conservar o legado de Tite é difícil. Colocar ideias em prática, mais ainda. Paciência, a torcida não tem.

A polêmica

O jogo poderia nem ter chegado ao ponto de o Corinthians buscar o empate. Aos 32 minutos do segundo tempo, Dodô avançou sozinho em direção ao gol corintiano e foi derrubado por Cássio na entrada da área, quando tentou um drible da vaca no goleiro. O árbitro Marielson Alves Silva, da Bahia, marcou a falta, mas deu apenas cartão amarelo para o corintiano.

O Figueirense pedia a expulsão e protestou muito. A justificativa do árbitro: a bola tocada por Dodô não ia em direção ao gol, mas sim da lateral. Mesmo assim, a violência do lance já justificaria a expulsão. Minutos depois, o Corinthians empataria o jogo.


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6888 visitas - Fonte: Globo Esporte

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Abel Braga ideal é mais respeito

técnico pavoroso! time meia boca

na verdade nem tite estava conseguindo resultado taticos .

essa diretoria fdp nao trouxe ninguem, e ainda por cima me traz treinador de serie b vsd

Diretoria de merda vai atrás do Abel Braga porra

Verdade seja dita o técnico não é bom, mais o time e muito fraco, saíram muito jogadores, e a diretoria está ai de boa, so fechando os mercados e não chega ninguém, ai fica a pergunta pra que ir ao estádio e dar dinheiro se eles não investem no time, a torcida deveria deixar o estádio vazio, ai eles (diretoria) iam ter que se mexer pra melhorar a equipe.

merda de um treinador filho da puta

nós Corinthianos vamos sofrer muito outro treinador que não entende de futebol

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