Gil e Kaká eram algumas das estrelas em campo no primeiro Majestoso em Itaquera

21 de setembro de 2014. Pela primeira vez, o Corinthians abre as portas de sua Arena para receber o maior rival dos últimos anos, o São Paulo. Em campo, vários jogadores de seleção: Gil, Guerrero, Kaká, Ganso... O jogo se transformou em um espetáculo de polêmicas e muita correria, com vitória por 3 a 2 de virada dos donos da casa.

17 de julho de 2016, pouco menos de dois anos depois. Mesmo palco, mesmos times. Agora, porém, nada de estrelas. Pelo contrário. Corinthians e São Paulo se enfrentam neste domingo ainda tentando cobrir os buracos que se abriram em seus elencos desde então.

Há dois anos, o Corinthians tinha em campo dois jogadores que já estavam sendo chamado para as suas seleções: Gil e Guerrero. De fora, ainda havia Elias, com amigdalite. Por fim, Renato Augusto, que demoraria pouco mais de um ano para garantir seu lugar cativo no Brasil, e Malcom, que vinha cavando seu espaço nas seleções de base.

No São Paulo, os nomes da vez das seleções eram Álvaro Pereira e Souza. Mas o time também contava com Kaká, que foi convocado pouco depois, e também com Ganso, que voltou a ter chances no Brasil neste ano. Além de um nome do peso de Luis Fabiano no comando de ataque. No campo das promessas, Rafael Tolói ainda prometia se colocar entre os melhores da posição.

E isso sem falar de Jadson e Alexandre Pato, que não podiam entrar em campo pelo acordo entre os dois times, que os haviam negociado no começo daquele 2014.

Dois anos foram o suficiente para os times se desmontarem completamente. Entre os titulares, o Corinthians deve repetir só quatro jogadores: Cássio, Fágner, Bruno Henrique e Danilo. Já o São Paulo, apenas um: o goleiro Dênis - que só foi titular naquela partida por conta de uma lesão de Rogério Ceni.

Na conta bancária, o time tricolor levou bastante vantagem. Nas vendas daqueles titulares, lucrou 29 milhões de euros. O Corinthians ficou com ‘só' 22,5 milhões.

Mas o São Paulo também chega muito mais remendado. Principalmente do meio para frente. O técnico Edgardo Bauza praticamente não tem opções ofensivas, com o fim do contrato de Calleri e com a negociação de Alan Kardec para a China. No meio, a situação também não é fácil com a saída de Ganso para o Sevilla e a lesão de Kelvin.

O Corinthians foi se acertando no decorrer do ano, depois de perder toda a base campeã brasileira da temporada passada. Mesmo assim, entra em campo ainda com problemas graves no ataque. Com André voltando de lesão e Luciano sem convencer, Cristóvão deve apelar para o veterano Danilo no comando do setor ofensivo.

E agora serão só três jogadores ‘selecionáveis' em campo, todos estrangeiros: o paraguaio Balbuena, o chileno Mena e o peruano Cueva.

Uma realidade bem diferente daquela de dois anos atrás.