15/7/2016 19:03

Com a noiva, Romero abre sua casa e fala da adaptação ao Corinthians

Titular absoluto com Cristóvão Borges, atacante vive dias felizes no Brasil, mantém costumes do Paraguai e se mostra cada vez mais fluente no português

Com a noiva, Romero abre sua casa e fala da adaptação ao Corinthians
Ángel Romero, do Corinthians, com sua noiva, Gabriela Miskirich (Foto: Marcelo Braga)


Ángel Romero está em casa. Em junho, completou dois anos de Corinthians, com 79 jogos e 18 gols marcados, sendo 14 deles na Arena Corinthians, o que dá a ele a vice-artilharia do estádio, a um gol de Paolo Guerrero, protagonista do Mundial que deixou o clube como vilão em 2015. Mas a quem o paraguaio é muito grato até hoje.

Foi Guerrero que, em meados de 2014, explicou a ele qual era o tamanho do Corinthians, como ele devia se portar dentro e fora de campo, quais bairros deveria evitar em São Paulo e ainda serviu de intérprete. Ensinamentos aprendidos pelo jogador, hoje aos 24 anos, foram repassados ao zagueiro Balbuena em sua chegada ao clube. Um companheiro para tomar tererê (a bebida típica paraguaia) no CT.

A companhia da noiva Gabriela Miskirich, com quem está há cinco anos, mas há apenas um ano e três meses no Brasil, também contribuiu com o crescimento de Romero. Foi ela quem ajudou o jogador a superar os momentos de desconfiança da torcida e do próprio técnico Tite. Além disso, em casa, nunca deixou de preparar pratos típicos do Paraguai, como a chipa guasu, uma espécie de bolo de milho salgado.

Em visita do GloboEsporte.com ao seu apartamento nesta sexta-feira, na antevéspera do clássico contra o São Paulo, o atacante explicou passo a passo como deixou de ser um patinho feio para se tornar peça importante na equipe de Cristóvão Borges neste Campeonato Brasileiro.

– Guerrero já estava há dois anos no Brasil e me ajudou na adaptação com o grupo. É diferente chegar em um time grande como o Corinthians, tem de se comportar de um jeito diferente dentro e fora do campo, a torcida é maior. Ele ajudou nisso e ao me indicar onde andar em São Paulo, onde é perigoso, falou de lugares que eu não devia ir para não encontrar outras torcidas. Por exemplo, Perdizes é Palmeiras, Morumbi é São Paulo. E no treino, tudo o que o preparador físico falava, ele traduzia. Não entendia a maioria das coisas que o Mano Menezes falava, ele traduzia.

Romero não corta o cabelo no Brasil. Quatro ou cinco vezes por ano, vai ao Paraguai para dar um trato no visual

Sem nunca ter feito aulas de português, Romero hoje pode ser considerado fluente no idioma. Tudo graças à rotina com os companheiros e aos programas e filmes na televisão.

A única coisa que não faz no Brasil é cortar o cabelo. Vaidoso, vai de três a quatro vezes por ano a Assunção para fazer o corte com Jorge, cabeleireiro da família. Nunca nem pisou em um salão brasileiro.
Abaixo, na primeira parte da entrevista com Romero, ele conta como se adaptou ao Timão. A segunda parte vai ao ar no domingo:

GloboEsporte.com: Já são dois anos de Corinthians. Você gosta de viver em São Paulo?

Romero: Gosto bastante, tem muita coisa para fazer. Vou a shopping, cinema, restaurantes. Quando vem minha família de Assunção, que é grande, vamos a alguns lugares. Fomos no Aquário, que no Paraguai não tem, ao Zoológico. Conhecemos a praia, que no Paraguai não tem. Fomos ao Guarujá e ao Rio de Janeiro, fui de carro, cinco horinhas dirigindo, é gostoso. Semana passada fui com minha noiva a Campos do Jordão, com Uendel, Bruno Henrique e as esposas.

O idioma foi um entrave no seu início no Brasil?

Cheguei e não falava nada, não entendia nada, vocês falam muito rápido, para mim foi difícil. Conseguia pegar alguma coisa de futebol, que é a mesma coisa do espanhol, as jogadas, gestos, o treino, você vai pegando. Mas sair para um restaurante era difícil. Meu irmão Fernando ficou comigo nos primeiros seis meses, mas ele também não falava nada. Quem me ajudou muito foi Thiago, um motorista que meu empresário arranjou. Ele facilitava as coisas no nosso dia a dia.

Sua evolução no português foi só conversando e vendo televisão?

Nunca tive aula, foi só assistindo esporte, novelas que eu nem sabia o nome, só via para aprender português mesmo (risos). Agora, não que eu fale bem, mas já entendo, ninguém pode me zoar (risos). Não sei se me zoavam antes, eu não entendia, mas às vezes me olhavam e falavam algo, então me zoavam, né? Alguma coisa tinha por trás (risos). Eu só falava espanhol, então eles pensavam: "Não vou falar com ele". Não me entendiam. Falava mais com Paolo, com Cachito Ramírez e com Lodeiro. O Ralf também falava comigo, por mais que não falasse espanhol, falava português devagar e eu conseguia entender. Aí eu falava espanhol devagar com ele e ia me adaptando ao grupo.

Você via filmes e chegada no final sem entender o que tinha acontecido?

No começo sim, via com meu irmão, mas aí a gente via filme que já tinha visto para ser mais fácil. Já sabia como ia acabar, entendeu? Era só para ver como se fala em português.
Mantém costumes do Paraguai na sua casa?

O tererê é o costume maior, todos os paraguaios tomam. Hoje tomo antes do treino e na concentração com o Balbuena, onde falamos em guarani, nosso idioma. Marlone e Yago começaram a experimentar tererê com a gente.

E a comida paraguaia? É presente na sua casa?

Minha noiva faz para mim. O ingrediente é diferente no Brasil, mas ela consegue fazer a mesma coisa, ou compra os ingredientes quando vai ao Paraguai. Ela faz a sopa paraguaia, fez chipa, que é algo parecido com um pão de queijo, faz boribori, que é tipo um caldo de milho. Gosto das comidas daqui, de arroz e feijão, mas não costumo comer muito. Vocês comem sempre.
A chegada de Balbuena ao Corinthians foi excelente para você, né?

Acho que para a adaptação dele foi mais fácil (eu estar aqui). Eu também precisava de um compatriota, facilita, foi legal a vinda dele. Minha noiva estava sozinha e agora a esposa dele faz companhia, ele tem um filho, o Lucca, elas saem no shopping, levam ele para passear. O que ajudou na adaptação dele também é que ele já falava o português, morou na fronteira, em Ciudad del Este. E eu passei para ele como era aqui, o trânsito, onde ir. Já está adaptado.

Você falou bastante sobre o Guerrero e, no início do mês, o Corinthians ganhou do Flamengo por 4 a 0, com dois gols seus, e a torcida disse que o paraguaio é melhor que o peruano. Como foi esse reencontro com ele, que saiu de mal com a torcida?

Tenho amizade com Guerrero e carinho pela ajuda na adaptação ao Brasil. Não posso dizer que é diferente agora porque ele foi embora. Nesse jogo contra o Flamengo, toda a prévia do jogo foi sobre eu estar perto de alcançar a marca dele na Arena. Guerrero fez um gol muito importante no título mundial do Corinthians, é o maior artilheiro estrangeiro. A maneira que saiu não foi boa, todos sabemos, mas ele fez muitas cosias. Me coloco no lugar da torcida e ela tem todo o direito de xingar, a maneira que saiu não foi muito legal. Mas não quero falar mal do Guerrero porque tenho carinho por ele. Trocamos mensagens, brincamos com Peru e Paraguai na Copa América. Nesse jogo ele olhou para mim e se sentiu feliz comigo, porque toda a prévia foi sobre a gente. Nos cumprimentamos e fomos jogar.


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o romeiro precisa de mais jogos para se adaptar na posição onde se dá melhor. o moleque joga muito e só deixa lo a vontade e jogar sem pressão.

seu nome mstra que você é um guerreiro sangue Corinthiano do bom

vc merece Romero muito guerreiro , e muita vontade é oque importa vamos fazer um gol nos bambis

parabéns você é um guerreiro

Romero o Kayk meu gosta muito do seu futebol i a Dig

muleque umilde trabalhador se dedica muito a onrra a camisa q veste, essa sim merece apoio da torcida, vc merece Romero.

ops bichas

parabéns ziromero pra cima das baixas vamos atropelar e deixar o guerreiro de lado marca no mínimo dois gols ti escalou no cartola arrebenta mlk

parabéns Romero.
vc merece.

parabéns Romero.
vc merece.

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