14/7/2016 19:17

Novo procurador do STJD, Bevilacqua corta metade de time: "Vão dar conta"

Substituto de Paulo Schmitt no STJD foi escolhido por Pleno em lista de três nomes feita por Del Nero. Advogado esportivo, ele comenta trabalho fora do tribunal

Novo procurador do STJD, Bevilacqua corta metade de time:
Felipe Bevilacqua, novo procurador-geral do STJD, reduziu a equipe (Foto: Divulgação)

Há anos auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Felipe Bevilacqua foi escolhido nesta quinta pelo Pleno como sucessor de Paulo Schmitt na função de procurador-geral. Ele foi eleito a partir de uma lista de três nomes indicados pelo presidente da CBF, Marco Polo del Nero. Bevilacqua já passou pela Procuradoria do tribunal e sabe como funciona o dia a dia. Ele já montou uma nova equipe de 16 procuradores - praticamente metade do número anterior (30). No novo time, seis já trabalhavam com Schmitt.

Fora do tribunal, Bevilacqua é sócio de escritório de advocacia que milita na área esportiva, e tem como clientes confederações de outras modalidades sem relação com o futebol. Um dos seus sócios é Marcelo Jucá, presidente da comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ e candidato à presidência do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), órgão no qual atualmente é vice de José Teixeira Fernandes. A eleição ocorrerá na próxima quinta-feira, no auditório da Federação de Futebol do Rio (Ferj).

A relação com outras confederações, como a de basquete, criou polêmica em torno de Schmitt, mas Bevilacqua não se furtou a responder quando questionado sobre o tema e diz que não atua em nenhum caso que tenha qualquer tipo de relação com a sua função do STJD do futebol. No site do escritório, que atua em diversas áreas do Direito, há a descrição da atuação no meio esportivo:

"Composto por membros dos Tribunais Desportivos de mais destaque do país, o escritório Jucá, Bevilacqua e Lira possui larga experiência na defesa dos interesses de atletas e Entidades de Administração Desportivas em todo o mundo, tendo em sua trajetória, defendido casos de grande importância e repercussão internacional".

Bevilacqua considera ter uma personalidade "mais serena" em relação a Schmitt, mas considera o trabalho da Procuradoria "muito bem feito" e afirma que pretende dar continuidade. Mudanças só mesmo a partir de problemas detectados no dia a dia.

Confira os melhores trechos da entrevista de Felipe Bevilacqua ao GloboEsporte.com:

GloboEsporte.com: Como o senhor enxerga o trabalho da Procuradoria hoje e como pretende conduzir a função de procurador-geral?

Felipe Bevilacqua: - O trabalho sempre foi muito bem feito. Profissionalmente o Paulo Schmitt sempre foi muito dedicado. É difícil, trabalhoso, são muitas denúncias, muitas análises, então não é uma situação fácil. Tenho de dar continuidade ao que entendo que foi bem feito e melhorar em outros aspectos. Já fui da Procuradoria anos atrás, sei como funciona, mas fiquei esses anos como auditor. Como fui nomeado hoje, não sei nem responder em que pé está. A rodada desta quinta já é minha responsabilidade, mas te falar o que deve melhorar, só com trabalho, no dia a dia, na prática. Logisticamente estou mantendo, agora a forma de denunciar vou analisar caso a caso. É uma transição no meio do campeonato, é traumático.

Por quem o senhor foi indicado para a função?

- O presidente da CBF indica três nomes e essa lista tríplice é votada pelo Pleno. Foi votada hoje (quinta-feira).

Como será a troca de equipe? Trará novos procuradores?

- Já trouxe, montei uma nova equipe toda, com 16 procuradores. Aproveitei seis da Procuradoria antiga, mas eram 30. São pessoas muito competentes, todos com história na Justiça Desportiva. É uma equipe bem legal, vamos ver na prática.

E como será para essa equipe funcionar praticamente com metade dos procuradores em relação à anterior?

- Entendo que é um número razoável, se eu sentir que há um déficit, acrescento mais. Mas conversei com muitas pessoas no tribunal, com as secretárias, com o procurador anterior, e cheguei à conclusão de que se essas pessoas estão realmente dispostas a absorver a quantidade de trabalho que, dividida, é muito razoável, vão dar conta. Se sentir que estão sobrecarregados, colocamos mais gente.

Quem serão os sub-procuradores?

- São cinco, um para cada Comissão Disciplinar. Luciano Hostins e Gustavo Silveira, que já estavam, Gláuber Guadelupe, Leonardo Andreotti, e Leonardo Barbosa, que era procurador-geral em Minas Gerais (TJD-MG).

O Paulo Schmitt em março chegou a ter um pedido dos clubes pela sua saída, houve polêmica. Como o senhor espera conduzir essa relação com os clubes?

- Eu sempre me dei bem com todos os advogados, essa relação é praticamente só com os advogados dos clubes. Não sei, é uma função nova, o Paulo ocupou essa função desde que foi criada. A minha personalidade é diferente, não sei se isso será melhor ou pior. Mesmo como auditor, punindo, sempre tive uma relação boa, é uma relação de respeito, cada um na sua função. Tem tudo para andar na maior normalidade. Não sei o motivo desse abaixo-assinado, também não me interessa, o trabalho será feito com bastante rigidez, sem diferenciação. É uma figura antipática (o procurador-geral). Talvez pela minha personalidade ser mais serena possa favorecer essa impressão que as pessoas têm equivocada do Paulo.

O senhor é sócio de um escritório de advocacia que também atua no meio esportivo. Como será a condução desse trabalho fora do tribunal e a função de procurador-geral do STJD do futebol?

- Eu já era auditor. Tudo o que temos aqui no escritório não tem absolutamente nada a ver com a Justiça Desportiva do futebol, são situações que o nosso cargo não tem influência nenhuma. Já atuei defendendo em outros tribunais, atletas do stock car... Não existe nenhum impedimento, nem ético, nem profissional.

O escritório trabalha com outras confederações?

- Trabalha. Mas isso é normal. Tem vários auditores que advogam até para clubes, em ação trabalhista, isso não tem qualquer impedimento. Não pode minha função ter influência.


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uuum foi indicado pelo Marco Polo Del Nero né.

Se é indicação do bandido de gravatas , Marco Polo Del Nero, não deve ser coisa boa, pode esperar que a situação do futebol vai piorar e muito.

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