10/7/2016 07:43

Análise: Corinthians não é brilhante, mas tem seu padrão na era Cristóvão

Time vence a quarta partida seguida nos 2 a 0 sobre a Chape. Com Fagner mais envolvido e posse de bola maior, técnico consegue aos poucos colocar seu estilo

Análise: Corinthians não é brilhante, mas tem seu padrão na era Cristóvão
Rodriguinho comemora gol do Corinthians; meia esteve mais presente no ataque (Foto: Jardel da Costa/Futura Press)


São cinco jogos, com uma derrota e quatro vitórias seguidas. Cristóvão Borges está há menos de um mês no comando do Corinthians, mas já tem seus méritos para deixar o time na cola da liderança do Campeonato Brasileiro. Se não é brilhante, o Timão se mostra eficiente. Numa competição por pontos corridos, a regularidade é fundamental.

Foi assim neste sábado, na vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense. O padrão foi o mesmo dos últimos jogos. Um Corinthians seguro na defesa, sabendo suportar a pressão do adversário, mas se mostrando letal quando consegue trocar passes e armar contra-ataques.

A ideia de Cristóvão, a médio e longo prazo, é ter um Corinthians com controle maior dos jogos, posse de bola e veia ofensiva. No jogo contra o Flamengo, isso só aconteceu no segundo tempo. Diante da Chape, houve evolução: 56% de posse de bola, 277 passes certos trocados, contra 180 do rival, e 14 finalizações, contra oito da equipe de Chapecó.

A vitória levou o Corinthians aos 28 pontos, mesmo número do Palmeiras, que enfrenta o Santos na próxima terça-feira. O Timão só volta a campo no próximo domingo, contra o São Paulo.

O JOGO

Fagner e Rodriguinho se envolvem mais no jogo; Corinthians ganha padrão contra a Chapecoense

O Corinthians tem demorado a entrar nos jogos porque erra muitos passes – algo que irrita o quase sempre sereno Cristóvão. Contra a Chape, foram 37: 22 deles no primeiro tempo.

Com semanas mais livres para treinar, o passe é a principal preocupação do técnico para os próximos jogos do Campeonato Brasileiro.

Para errar menos, é preciso maior aproximação. Por isso, as triangulações têm voltado aos poucos para o repertório corintiano. Cristóvão Borges começou sua passagem pelo clube com muita liberdade a Uendel, mas também era preciso envolver Fagner no jogo.

Contra a Chapecoense, o lateral-direito chegou mais perto das obrigações que tinha sob o comando de Tite: ele teve 26 passes certos, contra 27 de Uendel. O que mostra o equilíbrio entre as laterais que o novo técnico tem buscado.

Com eles, as triangulações sempre foram naturais. Uendel com Marquinhos Gabriel e Giovanni, Fagner com Romero e Rodriguinho. Este, aliás, também teve maior liberdade para atacar e, por vezes, ultrapassar a linha de três meias corintianos.

No primeiro tempo, a Chapecoense conseguiu bloquear essas trocas de passes, e o Corinthians, nos primeiros 40 minutos, só teve uma finalização a gol. Cristóvão corrigiu o problema aproximando ainda mais os setores. Correndo mais riscos na defesa, é verdade, mas conseguindo se fazer presente no ataque.

Assim, a segunda etapa começou diferente. O Corinthians ficou com a bola, finalizou mais e fez o gol ser questão de tempo. Aos 2 minutos, chegou a marcar com Balbuena, de cabeça – mas o gol foi mal anulado pelo auxiliar Pablo Almeida da Costa.

Aos 14 minutos, Rodriguinho se lançou ao ataque, ultrapassou a linha dos meias e recebeu de Giovanni Augusto para fazer 1 a 0. Na hora do gol, quatro jogadores estão próximos na entrada da área: além de Rodriguinho, há Fagner, Romero e Marquinhos Gabriel. E Luciano, na área, impedido, mas sem participar da jogada.

Rodriguinho aparece no ataque e dá vantagem numérica ao Corinthians; meia reproduz função de Elias no time


A vantagem no placar deixou o Corinthians ainda mais confortável, jogando por um contra-ataque. Foi assim contra o Flamengo, foi assim contra a Chape.

A partida chegou a ser paralisada pela arbitragem por conta de sinalizadores na torcida do Corinthians (veja no vídeo acima), mas o ritmo do time no caiu.

Nos acréscimos, uma bola lançada por Fagner em profundidade encontrou Marquinhos Gabriel livre para fechar o jogo.

O QUE PODE MELHORAR?

O Corinthians vem evoluindo em seu momento ofensivo, mas uma peça ainda parece desconfortável. Giovanni Augusto deu a assistência para o gol de Rodriguinho, mas perdeu muitas bolas e mostrou que precisa de tempo para se adaptar à função de um armador central. Guilherme entrou em seu lugar e, mais uma vez, mostrou qualidade.

Na defesa, a bola aérea tem sido vulnerável. A saída de Pedro Henrique, lesionado, e a entrada de Yago não mudaram o panorama. A Chape criou suas melhores chances pelo alto.

Contra o São Paulo, domingo que vem, a expectativa é de um Corinthians com novas evoluções, jogando em sua arena. Cristóvão Borges tem mais uma semana livre para dar sua cara ao time.


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10395 visitas - Fonte: Globo Esporte

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meu timão vai Corinthians

precisa entrar em campo já ligado no 220, isso para sofrer menos durante o primeiro tempo e, é lógico trazer um bom zagueiro urgente, Pedro Henrique esta indo bem, mas quando precisa do Yago a coisa ferve e o Vilson quase não joga

Não está sendo brilhante, mas tem um padrão tática definido, e está em uma fase de sorte de campeão, ao ponto do horrível Rodriguinho fazer gol, temos que aproveitar e seguir até o fim assim, rumo ao hepta, vai Corinthians.

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