Treinador vê Rubro-Negro com organização “incomum” a times do Rio (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


O técnico Cristóvão Borges construiu praticamente todo o seu currículo dirigindo equipes do Rio de Janeiro, como o Vasco vice-campeão brasileiro de 2011 e que alcançou as quartas de final da Libertadores de 2012, além de ter passagem por Fluminense e Flamengo, adversário deste domingo, às 16h (de Brasília), no estádio de Itaquera. Talvez por isso, o bom momento dos cariocas tenha chamado tanta atenção do treinador.

Na avaliação do comandante corintiano, apesar de demonstrar ainda um futebol vistoso e de boa técnica, a equipe do técnico Zé Ricardo impressiona por ter uma característica nada típica dos time da antiga capital nacional, em suas próprias palavras: organização defensiva.

“O Flamengo tem melhorado muito, nas últimas rodadas inclusive, aproveitando as características que não se tem normalmente na equipe do Flamengo”, divagou Cristóvão, antes de ser mais incisivo sobre o tema. “Já assistimos a alguns jogos deles, uma equipe muito organizada. Equipe que foge um pouco das equipes do Rio, apesar de muito técnica, sabe se defender bem agora”, comentou.

O treinador passou pelo Flamengo em 2015 e acabou demitido logo no início da trajetória de Paolo Guerrero com a camisa rubro-negra, recebendo muitas críticas principalmente no que se refere à montagem defensiva do seu time. Contra o próprio Corinthians, por exemplo, viu os então comandados de Tite dispararem 3 a 0 em pleno Maracanã durante o Brasileiro do ano passado.

Com 20 pontos conquistados nesta edição do torneio, o Urubu está na quinta colocação e só perdeu um nos últimos cinco jogos, justamente um clássico, contra o Fluminense. Na ocasião, porém, jogou melhor que o adversário e foi superado por conta de um gol contra de Willian Arão e uma “entregada” de Rafael Vaz já perto dos acréscimos.

Do outro lado, o Timão tenta derrubar a forte sequência de partidas nos meios e finais de semana para comprar a ideia de jogo de Cristóvão. A alternativa encontrada por ele foi a de conversar bastante nos hotéis e viagens que teve desde que chegou.

“A convivência tem sido muito grande, temos ficado juntos nós mais tempo aqui do que até em casa. Tudo isso facilitou para que tivéssemos muitas conversas porque o tempo tem sido curto de treino. Deu para aproveitar para esclarecer o que eu desejo em cima daquilo que eles fazem”, encerrou.