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Vandré posa ao lado de mural na Arena Corinthians

Vandré Luis de Oliveira, conhecido no mundo artístico como Dom Paçoca, diz que o Corinthians não pagou R$ 138 mil por conta da pintura de um painel de 8.500 metros quadrados na Arena Itaquera. A briga já vem desde março, e o grafiteiro - que também é tatuador - pediu à Justiça por uma audiência de conciliação.

O curioso é que a briga possui versões bem diferentes, que envolvem desde um acordo verbal e a ausência de contrato por escrito até R$ 10 mil em dinheiro, a empresa que toma conta do programa de sócios do clube, o ex-presidente Andrés Sanchez e o atual Roberto de Andrade.

O primeiro lado apresentado será o do clube.

Fontes do Corinthians disseram à reportagem que a agremiação contratou uma pessoa para grafitar o mural gigante na Arena, mas esse profissional, por sua vez, acabou contratando outras pessoas. O clube defende possuir todos os depósitos que comprovam que a pessoa contratada recebeu tudo, mas que na verdade alguém que não recebeu desse artista quer receber do Corinthians.

Segundo as pessoas do clube ouvidas pela ESPN, o Corinthians botou o caso no jurídico e ainda espera que esse profissional receba de quem o contratou, e não do time alvinegro.

Agora, a versão será a do grafiteiro. Ao Poder Judiciário, Vandré detalhou seu lado da história.

De forma resumida, o artista aponta que tinha um acordo verbal de R$ 155 mil pelo trabalho, mas recebeu apenas R$ 17 mil.

Vandré detalha ainda que o pagamento foi feito da seguinte forma: R$ 10 mil em espécie e R$ 7 mil da Omni Group, que leva 50% do Fiel Torcedor do Corinthians.

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Mural gigante que fica na parte do estacionamento da Arena Corinthians

O artista alega que, em janeiro de 2015, recebeu pedidos em nome de Andrés Sanchez, Roberto de Andrade e Lúcio Blanco - gerente de operações da Arena - para desenvolver um projeto de arte em grafite que se destinava a contar a história centenária do Corinthians.

Vandré diz que já no mês seguinte foi ao escritório da presidência do clube e se reuniu com o trio, apresentando então o projeto planejado que foi aprovado pelos presentes.

Ele continua dizendo que, na ocasião, acordou com Andrés, Andrade e Blanco o pagamento de R$ 150 mil pela grafitagem - divididos em R$ 75 mil no começo da obra e R$ 75 mil ao final -, além de R$ 5 mil pelo desenvolvimento do projeto.

No entanto, o artista diz que executou o trabalho sem que o contrato de prestação de serviço por escrito tenha sido formalizado. Ou seja: não existe documento que comprove o acordo feito com o Corinthians.

Vandré afirma que o pagamento feito foi totalmente distinto ao acordado. Ele diz ter recebido, em dinheiro, R$ 10 mil, divididos em três parcelas: uma de R$ 3 mil, outra de R$ 4 mil e mais uma de R$ 3 mil, pagas em períodos quinzenais durante março e abril de 2015.

Após este pagamento inicial, o artista alega que não recebeu mais nada, apesar de cobrar o restante do pagamento. Só veio a receber nova quantia em outubro, quando a Omni efetuou um depósito de R$ 7 mil. O último.

Vandré aponta também que, inicialmente, o trabalho seria realizado por ele e mais um profissional, que desistiu antes do começo do projeto, obrigando Dom Paçoca a realizá-lo integralmente, segundo ele alega.

Com a correção monetária, o artista pede o pagamento de exatos RS 150.248,34.

O time alvinegro ainda não foi citado no processo.

Notificação extrajudicial enviada por Vandré ao Corinthians