6/6/2016 13:05

Desacostumada a grandes, Brasília tem histórico de violência nos últimos anos

Desacostumada a grandes, Brasília tem histórico de violência nos últimos anos
ADALBERTO MARQUES/AGIF/GAZETA PRESS
Torcedores de Vasco e Corinthians brigam no Mané Garrincha, em 2013


A briga entre torcedores do Flamengo e do Palmeiras, no último domingo, durante partida do Campeonato Brasileiro - e que terminou com um homem hospitalizado em estado grave - foi apenas mais um triste episódio de algo que se tornou comum nos últimos anos nas partidas realizadas em Brasília (ou nas cidades-satélite do Distrito Federal). Desacostumada aos times grandes, a capital nacional convive com casos de violência frequentemente em jogos de futebol.

O mais grave deles aconteceu em dezembro de 2008, quando um torcedor do São Paulo foi baleado na cabeça antes do início de partida contra o Goiás, realizada no estádio Bezerrão, no Gama.

Nilton César de Jesus, 26 anos e membro de uma organizada, foi alvejado por um policial após confronto entre torcedores dos dois times em frente a um shopping. Após entrar em coma, acabou morrendo quatro dias depois. O oficial que fez o disparo, José Luiz Carvalho Barreto, foi condenado a dois anos e dois meses de prisão em regime semi-aberto, por homicídio culposo.

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Mauro Cezar Pereira
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Já em 2013, houve mais violência. Em 18 de agosto, uma pancadaria generalizada entre torcidas organizadas de Flamengo e São Paulo no estádio Mané Garrincha deixou um flamenguista de 38 anos hospitalizado com fratura na mandíbula e lesões no queixo e na testa.

Na ocasião, a Polícia do Distrito Federal, que teve 600 homens em ação naquele dia (com reforço de 400 agentes de segurança particulares extra), avisou que iria modificar e melhorar o esquema de segurança para os próximos jogos em Brasília.

"Faremos uma revisão da operação e no planejamento para os próximos jogos vamos verificar se será necessário aumentar o número de policiais ou rever pontos de entrada das torcidas", explicou o chefe da polícia, coronel Adilson Evangelista.

Se os PMs fizeram algo novo, definitivamente não deu certo, já que, apenas uma semana depois, torcedores de Vasco e Corinthians promoveram cenas lamentáveis, desta vez nas arquibancadas do Mané Garrincha. Quatro pessoas foram detidas, mas todas foram liberadas na sequência.

As imagens da pancadaria na arena, aliás, percorreram o mundo e foram exibidas por canais de TV de todo o planeta, já que o Brasil se preparava para a Copa do Mundo dali a alguns meses. Também chamou a atenção o fato de um dos corintianos brigões, Leandro Silva de Oliveira, ter sido um dos torcedores que ficaram presos em Oruro, na Bolívia, em 2013, depois que o jovem Kevin Beltrán, torcedor do San Jose-BOL, foi morto por um rojão atirado pelos alvinegros em partida da Libertadores.

Nem mesmo quando o público no Estádio Nacional foi menor as brigas deixaram de acontecer. Em 7 de dezembro de 2014, por exemplo, a partida entre Botafogo e Atlético-MG teve só 3.694 torcedores e 110 policiais. Mesmo assim, uniformizadas das duas equipes entraram em conflito no intervalo e promoveram pancadaria. 10 pessoas foram detidas e três ficaram feridas, mas sem gravidade.


ANDRESSA ANHOLETE/FRAMEPHOTO/GAZETAPRESS
PM usou spray de pimenta durante Fla x Palmeiras


Até mesmo quando o jogo não é entre times grandes tem havido violência na capital do país. No ano passado, por exemplo, a partida entre Gama e Botafogo-SP, pela 1ª rodada da Série D, também teve confronto entre torcedores nas arquibancadas, aos 34 minutos do primeiro tempo.

Na ocasião, torcedores do Brasiliense, que foram ao Mané Garrincha apoiar o clube paulista, também se envolveram na confusão, e o árbitro Mayron dos Reis Novais teve até que paralisar a partida até a polícia agir.

O último registro de violência aconteceu no domingo, durante Flamengo x Palmeiras, pelo Brasileirão. Uma briga entre fãs dos dois clubes durante o intervalo terminou com 30 detidos e um torcedor interado em estado grave no Hospital de Base de Brasília.

Para acabar com a briga, a Polícia Militar soltou spray de pimenta, o que deixou torcedores, jogadores e comissões técnicas com dificuldades para respirar e irritação nos olhos. Em virtude disso, a partida demorou a ser reiniciada na volta do intervalo.



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