25/5/2016 18:02

Dia de fã: Balbuena solta a voz em encontro com seus ídolos do rock

Zagueiro do Corinthians realiza sonho de conhecer integrantes do CPM 22 e é convidado a cantar; ele aceita desafio, vai bem e deixa estúdio com idolatria maior

Dia de fã: Balbuena solta a voz em encontro com seus ídolos do rock
Fotos, baquetas e um dia inesquecível para Balbuena: zagueiro é fã do rock brasileiro (Foto: Diego Ribeiro)


Um pequeno estúdio de gravação de uma banda deixa o paraguaio Fabián Balbuena mais nervoso do que qualquer estádio lotado. Aos 24 anos, ele é jogador de sucesso, agora titular do Corinthians e querido pela torcida alvinegra. Quando o assunto é música, porém, ele deixa de ser ídolo e passa a ser fã dos mais fervorosos. Assim se comportou o zagueiro quando encontrou integrantes da banda – brasileira – que marcou sua adolescência.

Nascido em Ciudad del Este, fronteira com o Brasil, Balbuena aprendeu a falar português desde cedo. As televisões mostravam programas brasileiros, as bandas mais tocadas também eram do país vizinho. O CPM 22, de rock, passou a ser uma de suas preferidas. Em um estúdio na zona norte de São Paulo, ele conheceu seus ídolos: Fernando Badauí, vocalista, e Ricardo Japinha, baterista, ambos corintianos e frequentadores assíduos da arena. Tudo isso antes de integrar a seleção paraguaia que disputa a Copa América, nos EUA, em junho.

– Quando eu era moleque, gostava de rock e comecei a ouvir bandas brasileiras. Aí conheci o CPM, gostei do ritmo, da pegada da música, das letras que eu usava como conselhos para manter na minha vida. Isso me fazia gostar ainda mais da música deles. Eles também me ajudaram a entender melhor o português – contou o corintiano.

Em território desconhecido, Balbuena teve de se adaptar. Nada de bola, traves, estádios lotados. Apenas uma sala com isolamento acústico, bateria, guitarra, microfones e amplificadores. Badauí e Japinha convidaram o zagueiro a cantar uma de suas músicas preferidas. E o zagueiro se emocionou com a possibilidade.

Quando eu era moleque, gostava de rock e comecei a ouvir bandas brasileiras. Aí conheci o CPM, gostei do ritmo, da pegada da música, das letras que eu usava como conselhos para manter na minha vida

Balbuena, sobre a relação com o CPM 22

A idolatria não é apenas força de expressão. O sonho de Balbuena era ir a um show do CPM 22. Em 2013, a banda fez um show justamente em Ciudad del Este, num festival com bandas locais. Fosse o espetáculo uma semana antes, o corintiano teria realizado seu desejo de infância com antecedência.
– Pegou na trave (risos). Eu sabia que eles tocariam na minha cidade, mas eu tinha acabado de assinar com um time de Assunção (Rubio Ñu). Quatro dias antes, viajei e fui morar lá. Se eu tivesse ficado, certamente teria ido. Uma amiga até me mandou vídeos do show, gostaria muito de ter ido – lamentou o paraguaio.
Depois de um breve papo com os integrantes do CPM 22, veio o desafio. Cantar “Regina Let´s Go”, um dos primeiros sucessos da banda e decorada do início ao fim por Balbuena. Com Japinha na bateria e Badauí nos vocais, o corintiano fez uma espécie de segunda voz. E não decepcionou no teste ao cantar com desenvoltura todas as estrofes.

– Não esperávamos que ele teria essa coragem e desenvoltura que teve de entrar no estúdio, pegar o microfone e cantar. Nem reclamou de nada. É difícil imaginar um jogador fazendo isso. O Balbuena é sério, tem esse estilo xerife, mas chegou aqui e cantou bem para um jogador. Muito legal. Sabia a letra quase inteira de cor – comemorou Japinha.

Badauí também gostou da postura de Balbuena. Apesar de ele e os integrantes do CPM terem tido contato com jogadores em outras oportunidades, o vocalista notou diferenças positivas no paraguaio.
– Para nós, ser torcedor do Corinthians e receber um jogador paraguaio é muito legal. Mostra que nosso som transcende a fronteira do Brasil. Quanto mais jogadores de futebol curtirem rock, melhor para nós. Eles têm projeção muito grande de mídia, divulgação, uma cobertura diária. Um jogador titular do Corinthians falar que gosta de CPM 22 valoriza ainda mais nossa banda. O jogador poderia ser mais livre, cantar, dar entrevista falando o que pensa, posicionando-se, debatendo, trocando ideias. Isso engrandece nossa cultura – analisou Badauí.

Acompanhado da mulher, Adriana, e do filho, Lucas, Balbuena não se contentou em cantar com os ídolos. Pediu fotos, agradeceu com uma camisa do Corinthians – com seu nome e número, claro – e deixou o estúdio com um presente extra: as baquetas usadas por Japinha na gravação.

– Desde o dia que soube que viria ao Corinthians, tinha na cabeça que teria a possibilidade de ir em shows das bandas que gosto, incluindo o CPM. Estou arrepiado na pele, é uma coisa que me deixou muito contente. São ídolos da minha infância. Hoje é um dia de fã – celebrou.


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