Cleber Xavier admite que o Corinthians vai sofrer mudanças (Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

O temor do torcedor do Corinthians é o mesmo da comissão técnica. Com Felipe na mira do Porto, Elias com sondagens do futebol chinês e Edilson já acertado com o Grêmio, o Timão pode ser novamente desmontado. Vale lembrar que, no início do ano, o time campeão brasileiro perdeu seis titulares, além de outros dois reservas.

Auxiliar técnico e fiel escudeiro de Tite, Cleber Xavier admitiu que a equipe deve sofrer novo desmanche durante o Campeonato Brasileiro.
– Pode ter certeza que quando abrir a janela vamos ter mais um desmanche, essa é a realidade do futebol brasileiro. Temos essa consciência e trabalhamos em cima disso. Com o mercado da China, o sucesso da equipe, há equipes até da Europa buscando nossos atletas, como o caso do Felipe, então não conseguimos trabalhar de outra maneira. A realidade do futebol brasileiro é fazer time a cada semestre. Foi assim no Internacional, no Grêmio e não é diferente aqui – destacou o auxiliar, à rádio Grenal.

Cleber Xavier falou também sobre o momento da equipe do Corinthians, que ainda vive um período de formação. Eliminado precocemente do Paulistão e da Libertadores, o time teve apenas três derrotas no ano, mas acabou ficando pelo caminho das duas competições.

– Uma equipe forte tem tempo de maturação. No sentido de jogar junto, de cada um saber suas funções. Se me perguntar qual o time titular do Corinthians, eu não sei dizer. E no grupo parelho que temos, nossas lideranças são Cássio e Elias, que não são jogadores que nunca foram lideranças em lugar nenhum. Mas tiveram de assumir porque os principais líderes saíram. Tu não consegue dar um padrão de equipe.
Tem de entender e não criticar pelos resultados, mas pela produção.

Em 26 jogos, perdemos três. Se fosse um campeonato de regularidade, teríamos a possibilidade de conquista – disse Xavier.

Ele admitiu ainda que, comparado com o grupo que ganhou o hexacampeonato em 2015, o atual elenco tem um pouco menos de qualidade. Mas que outros fatores podem pesar a favor.

– Tudo é questão de boa metodologia, e nós temos a nossa; de gestão de pessoas, e nós trabalhamos com essas pessoas felizes; e com qualidade de atletas. Esse ano, nosso nível de atletas não está no mesmo nível do ano passado. Mas estamos refazendo o grupo e tentando fazer da metodologia a força do nosso trabalho – analisou.