29/4/2016 09:49
Como comprador pode lucrar sem colocar seu nome na Arena Corinthians?
Por que alguém pagaria uma fortuna pelos naming rights da Arena Corinthians sem batizar o estádio com sua marca? A resposta para essa pergunta está nas estratégias discutidas entre o clube e o parceiro que o alvinegro espera estar pronto para anunciar a partir da próxima quinta-feira.
A primeira peça do quebra-cabeça, colocada na mesa por dirigentes alvinegros, é a natureza do investidor. Segundo eles, o interessado é um fundo de investimento que não possui um produto para ter vendas alavancadas a partir do anúncio no estádio. Assim, passou a ser discutida a possibilidade de o comprador revender o nome da arena se aparecer um interessado no decorrer do contrato. Nesse caso, o Corinthians teria participação no valor arrecadado.
Mas a revenda não é o ponto principal, pois ela é incerta e hoje o cenário não é animador. O parceiro tem interesse em ganhar dinheiro com produtos ligados ao programa de sócio torcedor do clube, o Fiel Torcedor. Daí veio a ideia de deixar a torcida escolher o nome do estádio. Arena do Povo e Arena da Fiel estão entre as possibilidades, como revelou o UOL Esporte. Com esse gesto, se o projeto for concretizado, o parceiro tentará criar um vínculo para convencer os sócios-torcedores a comprarem o que será oferecido.
Mas o Fiel Torcedor dá tanto dinheiro assim para compensar um investimento entre R$ 300 e 400 milhões? Não, mas mudanças agressivas no formato do programa aumentariam o rendimento. Uma das fórmulas estudadas é fazer com que a entrada no estádio seja por meio de um cartão de crédito. A ele seriam agregados outros produtos, como seguro.
Se oferecer mais benefícios, o programa pode ser mais caro. Hoje, em média, o corintiano paga anuidade de R$ 170, mas não tem direito nem a ingresso, que precisa ser comprado separadamente. Ele ganha descontos e privilégio para comprar os bilhetes conforme sua frequência no estádio.
No novo formato, uma anuidade de cartão de crédito a R$ 10 (número escolhido aleatoriamente pelo blog como exemplo) geraria R$ 10 milhões a cada 100 mil sócios (na conta não estão eventuais encargos a serem cobrados do fundo pela administradora do cartão). Hoje são cerca de 130 mil associados. Os mais otimistas falam em pelo menos triplicar essa quantidade de membros num sistema projetado para o comprador do naming rights ter lucro.
Para esse plano dar certo, é necessário que o Fiel Torcedor esteja livre para o novo parceiro. Por isso, passou a ser negociada a saída da Omni, que administra o programa e fica com cerca de 50% da receita gerada, conforme publicou a Folha de S.Paulo. Como mostrou o blog, a rescisão estava emperrada porque a empresa queria receber mais do que o clube estava disposto a pagar. Mas as conversas evoluíram nos últimos dias.
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