19/4/2016 14:26

Semifinalistas lamentam torcida única e veem lei infeciente contra violência

Semifinalistas lamentam torcida única e veem lei infeciente contra violência
Paulo Nobre e Modesto Roma não creem que a lei acabará com a violência no futebol (Foto: Djalma Vassao/Gazeta Press)

A confirmação de que Santos e Palmeiras farão o primeiro clássico do futebol paulista com torcida única deixou os semifinalistas do Campeonato Estadual desapontados. A Federação Paulista de Futebol (FPF) tentou recorrer da decisão anunciada no início do mês pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre de Moraes, mas o Ministério Público negou o pedido da entidade. Em reunião na sede da FPF, nessa terça-feira, as diretorias de Santos, Palmeiras, Corinthians e Grêmio Osasco Audax chegaram ao consenso de que a medida não será suficiente para combater a violência no futebol.

Os clássicos paulistas terão torcida única até o 31 de dezembro. A determinação foi anunciada após uma briga entre torcedores de Palmeiras e Corinthians em uma estação de metrô em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, resultar na morte de uma pessoa que não participava da confusão. José Sinval Batista de Carvalho, de 53, anos, foi baleado no coração e não resistiu aos ferimentos.

Mandante do único clássico nas semifinais, o presidente santista Modesto Roma Júnior lamentou a manutenção da medida. “Há muito tempo não temos brigas no estádio. Há muito tempo não temos confusão nos estádios. A polícia entende que tem que ser assim. E a nós cabe respeitar. Mas não gosto de torcida única. É uma mudança de regra no meio do jogo. Se fosse o contrário, eu estaria muito aborrecido por não ter a pressão da minha torcida num jogo único. Eu acho ruim, mas respeito profundamente e entendo que essas confusões mereceram uma decisão da segurança pública”, afirmou.

Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, já havia manifestado apoio à presença de torcida única nos clássicos. Dessa vez, o mandatário mudou o tom do discurso e apontou a necessidade de leis mais duras para coibir as brigas.

“Tenho certeza que essa medida não acabará com a violência ligada ao futebol. De maneira isolada, ela não faz muita diferença, porque a violência não acontece dentro do estádio. E nada impede que esse bando de vândalos se reúna para praticar essa selvageria. Para essa medida ter eficácia, não tenho dúvidas de que devem ser criadas leis mais eficazes e processos mais céleres para que esses bandidos tenham a certeza da punibilidade”, declarou.

Nobre disse ter recebido garantias da FPF de que a medida também será aplicada em caso de final entre dois rivais paulistas. O Corinthians, que enfrentará o Grêmio Osasco Audax na outra semifinal, é contrário à determinação. O diretor de futebol do Timão, Edu Gaspar, disse que os clubes não têm como reverter a decisão do poder público e deixaram essa discussão “em segundo plano”. Segundo o ex-jogador Vampeta, presidente do Audax, a medida é ineficaz e não engloba o problema central, que são as brigas em zonas afastadas dos estádios de futebol.


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