17/4/2016 11:16

Corinthians "ataca o espaço" e mostra repertório ofensivo contra o Red Bull

por Leonardo Miranda

Corinthians
30 minutos do 2º tempo, 4x0, jogo resolvido. O Red Bull Brasil se lança ao ataque e o Corinthians faz exatamente o que você vê na imagem: todos voltam pra marcar. A linha de defesa, em linha, fica postada, enquanto Bruno Henrique auxilia na marcação e os outros meio-campistas formam o 4-1-4-1 da equipe de Tite.



Pode parecer um lance qualquer, mas quantas vezes um time que faz 4x0 tem esse tipo de obediência, ainda mais aos 30 da 2º etapa? Quantos times mostram uma consciência exata do que fazer com e sem a bola como o Timão que fez 4x0 no Red Bull mostrou ontem?

A explicação é simples: no Corinthians, o sólido modelo de jogo facilita pra todo mundo: o jogador erra menos porque tá sabe o que fazer, a confiança aparece mais rápido, quem entra joga bem e o entrosamento aparece mais rápidoo. Tite sempre fala que é preciso tempo para o jogador treinar e se acostumar com a repetição dos movimentos até ele se encaixar no sistema. Pense: não é o sistema que se adapta ao jogador, é o jogador que se adapta ao sistema.

Então quer dizer que no Corinthians o sistema não depende do talento de quem vem, mas sim do quanto esse jogador vai se adaptar ao modelo proposto? Bingo! Mas calma: talento é muito, muito importante. Ninguém ganha sem ele. Mas quanto há organização do que fazer fica mais fácil. E isso acontece muito quando o Corinthians está no ataque.

Tome o gol de Lucca, por exemplo: Fágner rouba a bola e IMEDIATAMENTE 4 jogadores começam a correr em direção a um espaço livre. A jogada é invertida até Lucca, que tá no bico da área e acerta um chutaço. Talento? Sorte? Não! Movimentos pré-definidos. Saber jogar sem a bola, como Lucca fez nesse lance, é fundamental para desarticular a defesa do adversário num futebol tão rápido e intenso como o atual.



Outro exemplo: uma jogada no 1º tempo. Elias pegou na bola e IMEDIATAMENTE André vira de costas pra fazer o pivô. Observe abaixo que 3 jogadores do Red Bull vão marcar o camisa 9…enquanto o André Mineiro faz o MESMO que Giovanni Augusto e o MESMO que no lance acima e “ataca” um espaço vazio, correndo em direção da área pra receber o passe sem marcação. Coincidência? Não! Novamente são os movimentos pré-estabelecidos que estão acima de tudo.



Existe uma crença no Brasil, viva na cabeça de muitos torcedores, jornalistas e até técnicos, de que a parte tática só serve para a defesa, porque o talento natural dos jogadores resolve as ações ofensivas. Engano. É justamente ao contrário: a organização do que deve ser feito lá na frente é fundamental. Alan Mineiro fez o mesmo que Giovanni Augusto não porque ele é bom - afinal não sabemos qual a qualidade desse atleta - mas sim porque existe uma definição, treinada e repetida por Tite, do que fazer. E isso faz uma enorme diferença.


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