Tite tem a paciência de uma grávida com os centroavantes do Corinthians. A comparação foi feita pelo próprio treinador ao analisar o mau momento de André, jogador que ele insiste em escalar como titular de sua equipe.

“O André tem seis meses de prazo ainda. O Vagner Love precisou de nove meses para estourar, tal qual uma gestação”, lembrou Tite, sorridente, nesta sexta-feira.

A torcida do Corinthians não é tão paciente assim. O próprio Love sofreu com as contestações até conquistar o público na reta final do Campeonato Brasileiro (acabou como vice-artilheiro, com 14 gols). Antes substituto natural do peruano Paolo Guerrero, que contrariou uma promessa e foi parar no Flamengo, ele chegou a perder espaço para Luciano na época das críticas.

Hoje, Luciano é a principal sombra de André, mas também ainda não se destacou depois de se recuperar de uma cirurgia no joelho direito. Tite tem observado o atacante ansioso, ao mesmo tempo em que não dá muita importância (ao menos publicamente) às dificuldades técnicas de André.

“A gente precisa de calma. O André terá o seu melhor momento. O Guilherme, por exemplo, fez a melhor apresentação dele no último jogo, dando assistência, combatendo. É preciso esperar que o atleta desenvolva todo o seu potencial. É o caso do André. Alguns se adaptam mais fácil. No ataque, o processo é mais difícil, requer um tempo maior”, justificou Tite.

André, Guilherme e Giovanni Augusto foram os principais reforços que o Corinthians trouxe para suprir o desmanche do ataque campeão brasileiro (ocuparam as vagas abertas por Love, Renato Augusto e Jadson, respectivamente). Dos três contratados, apenas o último tem agradado aos torcedores mais exigentes.